O doping está enraizado na cultura esportiva, infelizmente. No atletismo, seja em pistas ou nas ruas, não é diferente. Casos emblemáticos, surpresas… dúvidas nunca sanadas. Certezas que os exames negam. Desconfianças do trabalho feito em “laboratórios” no passado (ou presente?). Histórias não faltam. Porém, um fator atual me chama a atenção: por que, na corrida, cada vez mais amadores estão se dopando?
Como não há controle antidoping entre os amadores, mesmo em provas com premiação em dinheiro nas faixas etárias, as histórias proliferam-se.
Outro ponto fundamental é saber onde acaba a suplementação e começa o doping. Tanto que um atleta de elite não pode (e não deve) tomar nada sem falar com seu médico, treinador, nutricionista, clube… Já os amadores, em busca de retornos rápidos… mas para quê?
Sinceramente, a corrida para nós, simples mortais – que não almejamos recordes mundiais, nem classificações olímpicas ou ainda grandes somas financeiras (o que não dá sinal verde para o doping, mas justifica o risco de uma bobagem enorme, que deve ser punida) –, é um esporte extremamente individual. Brigamos contra nós mesmos, contra nossas principais marcas, contra nosso desempenho no mesmo percurso em anos anteriores…
Ao tomar uma substância que vai te fazer ficar melhor (e vai realmente), você não está roubando de si mesmo? Fazendo algo que “limpo” não faria?
Além de tudo isso, devemos lembrar que os danos causados para a saúde (leia corpo) podem ser irreversíveis…
Então, surge a dúvida: por que cada vez mais amadores estão de dopando?