Os resultados da Meia-Maratona de São Paulo, dia 1º de março, foram inicialmente não homologados pela CBAt, devido a uma mudança de última hora em pequena parte do percurso. Houve então nova aferição e se constatou um acréscimo de apenas 21 metros, totalizando 21.118 m, portanto exatamente dentro das regras internacionais.
Os resultados só não seriam efetivamente válidos se o percurso apresentasse menos que os 21.097 metros regulamentares de uma meia-maratona. E essa nova medição é uma regra internacional, toda vez que qualquer alteração surge em relação à primeira medição.
A polêmica sobre a distância na Meia de SP começou quando vários corredores constataram em seus GPS, no final, marcações entre 21,3 até 21,6 km, daí concluindo ter o percurso mais que a distância oficial. A questão é que, além da não precisão desses equipamentos, há um outro agravante muito maior, que é o fato dos corredores não fazerem o percurso mais econômico possível, como executam os medidores, em suas bicicletas calibradas.
Para estes, o tangenciamento correto é sagrado e são ainda beneficiados por fazerem a medição em horários sem trânsito e obstáculos. Já os corredores, além de não estarem muito preocupados com os tangenciamentos, acabam tendo que desviar de outros participantes, de carros estacionados etc. E tudo isso é extremamente agravado quando se tem percurso com muitas curvas fechadas, como foi o caso da Meia de SP.
Foram exatamente 37 curvas, a maioria de 90 graus, o que, considerando-se um erro de 10 metros por falta de tangenciamento econômico por curva, dá 370 metros a mais. Ou seja, enquanto numa meia-maratona com predominância de retas os participantes já fazem de 21,2 a 21,3 km, nas cheias de curvas e fechadas eles com certeza vão correr um pouco mais.
Informações concedidas à CR com exclusividade pelo medidor nível “A” da IAAF/AIMS, Rodolfo Eichler, responsável pela aferição do percurso de todas as provas da Yescom e das mais importante do Brasil. Mais detalhes sobre essa questão e cobertura da Meia de SP na CR de abril.