Blog do Corredor zMais notícias Redação 25 de julho de 2024 (0) (883)

ASICS Golden Run Rio de Janeiro: “Fui pacer pela primeira vez”

POR ODUILSON MACIEL | @oduilson.theblack.runner 


Não sou corredor de longa data, mas desde pequeno sempre gostei de corrida. Quando me encontrei realmente com a corrida foi em 2017. A partir desse ano posso dizer que sou corredor. 

Ao longo desse tempo venho adquirindo experiências tanto na teoria, como também na prática. Sou profissional de educação física e sempre participo de provas de corrida, seja em corrida de bairros ou em provas em grandes cidades.

Fiz a ASICS Golden Run Rio de Janeiro no dia 14 de julho e foi uma experiência muito especial. Pela primeira vez fui pacer em uma prova. Os pacers são atletas treinados para atuar em provas de corrida de rua dando ritmos preestabelecidos pelas organizações. Não era tão simples entrar até por conta da tamanha responsabilidade. O pacer desde o início até o fim da prova tem o compromisso de manter cada quilômetro dentro do tempo estipulado pelos organizadores. 

Em março deste ano passei a fazer parte dos ASICS FrontRunners e meus treinos se intensificaram cada vez mais, pois eu faria minha primeira ASICS Golden Run em São Paulo. Fui para quebrar meu recorde pessoal na meia maratona, que era acima de 2 horas.

No dia 26 de maio de 2024, consegui melhorar muito o meu tempo, terminando a prova em 1h46. Meu coração explodiu de alegria. Isso me impulsionou para seguir nos treinos e correr a prova do Rio de Janeiro dois meses depois. Nesse intervalo, fui contemplado com uma vaga como pacer na ASICS Golden Run do Rio de Janeiro. Uma mistura de sentimentos me tomou: ansiedade, vontade, segurança, alegria e determinação. Minha planilha ao longo do tempo nunca deixou de ser seguida e continuei meu treino em prol disso.

Chegou o grande dia: 14 de julho, domingo. A largada era às 6h. Tive todo cuidado para estar em concentração às 4h50 da madrugada. Encontrei os outros ASICSFrontRunners, que me deram muita força. Peguei minha camisa e meu balão de pacer – meus olhos brilharam – e me juntei à equipe que estaria em posição em diversos pontos em meio aos pelotões de corrida da prova.

Minha missão era fazer a meia maratona abaixo de 2h e, por mais que eu estivesse bem seguro, bateu o nervosismo, a ansiedade e o receio. Temia por ser minha primeira corrida como pacer, mas eu estava mais que preparado e pronto. Sabe quando você faz tudo certo? Agora não tem mais volta, foi dada a largada. 

Começou a alegria de contribuir para o sucesso de muitos corredores. Eu parecia estar em outro mundo, ainda assim se tratando de corrida. As pessoas em volta correndo, muitas te olham e se achegam, se juntam e eu fui conversando, indicando meu ritmo, respondendo dúvidas rápidas. Aqueles olhos brilhando na minha direção me impulsionavam mais ainda. Vou às lágrimas ao lembrar disso. Eu chamava e falava com cada pessoa diferente: “Vem comigo!”, “Está tudo bem?”, “Cuidado…” Aquilo me animava. Você sabe que todos estão te olhando como referência. 

E foi assim durante todo percurso dos 21 km. A melhor parte foi o final, quando você enfim está na linha de chegada. A demonstração de carinho de todos que te acompanharam e você nem tem ideia, por vezes de que é ou quem foi, é algo surreal. Diversos abraços, pedidos de fotos e agradecimentos, até daqueles que você não se deu conta que estavam te acompanhando de longe e que foram levados a concluir seus objetivos.

Posso dizer que essa experiência foi  um marco na minha vida. Uma parte da corrida que tanto amo que se fez num dia de muita felicidade para a vida de um mero corredor, como eu.

A ASICS Golden Run Rio de Janeiro teve mais de 7 mil participantes e vem se firmando a cada ano e se superando em relação às edições anteriores. 

Meus profundos e sinceros agradecimentos aos organizadores pela responsabilidade que me foi dada para levar parte dessas pessoas a alcançarem seus objetivos.

Eu treino para provas de meia maratona e venho aprendendo mais com a corrida e a vida. Hoje a corrida para mim é tão importante que é como se eu não conseguisse viver sem ela. Agora cada vez com mais responsabilidades me dedico a isso, a ajudar em prol da minha alma e meu bem-estar.


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