Blog do Corredor Notícias Redação 15 de agosto de 2012 (0) (129)

Pagando os pecados na meia de Jerusalém

Jerusalém promoveu no dia 16 de março a segunda edição de sua maratona, meia-maratona e corrida de 10 km, com 8 mil participantes. Havia corredores de mais de 40 países. Jerusalém é uma cidade fundada há mais de 3 mil anos e nela há registro de muita história de religiões diferentes: judaísmo, catolicismo e islamismo

A grande atração de Jerusalém é o Centro Velho, uma área cercada por muralhas de pedras que a protegeu durante tentativas de invasões ao longo dos tempos. Apesar do pequeno espaço, ali convivem pacificamente 4 culturas, 3 religiões e 4 bairros diferentes: cristão, judeu, armênio e muçulmano. Há monumentos e marcos históricos importantes. Do lado judeu, o Muro das Lamentações; do lado cristão, a Via Dolorosa e a igreja do Santo Sepulcro, onde Jesus Cristo foi enterrado; e do islamismo, a Cúpula da Rocha, entre outros.

O trajeto das corridas é um passeio muito bonito. Inicia e termina na parte moderna da cidade (Knesset), passando pelos lados externo e interno da cidade velha, vários bairros, retornando à chegada. As provas, principalmente a maratona e a meia, têm uma característica marcante: o trajeto apresenta várias subidas longas e, provavelmente por isso, o primeiro colocado na maratona gastou 2h19 para completar, enquanto o vencedor da meia fez 1h05.

Para complicar, estava muito frio para os nossos padrões (entre 5 e 10 graus positivos) e choveu várias vezes durante o percurso. Em alguns momentos caiu granizo. Completei a meia em 2h17, o pior tempo no meu histórico. Segundo informações dos organizadores, as condições climáticas do ano passado foram bem mais acolhedoras.

Apesar da marcação dos quilômetros bastante confusa, a organização da prova impressionou favoravelmente. Pelo site (www.jerusalem-marathon.com) foi possível fazer inscrição, reservar hotel, contratar transporte de ida e volta de Tel Aviv a Jerusalém e comprar pacotes turísticos. Todas as avenidas e ruas do trajeto estavam sinalizadas com banners informando sobre a corrida e havia farto material escrito com informações detalhadas em inglês.

Esta corrida concorre com a de Tel Aviv, realizada em 30 de março. Nesta cidade o terreno é menos acidentado e boa parte das provas acontece às margens das praias locais. Assim, em Israel, há duas possibilidades. Se eu voltasse, optaria por correr nas ruas de Tel Aviv, mas, sem dúvida, gastaria muito tempo em Jerusalém.  Vale a pena.

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