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Notícias Redação 12 de março de 2013 (0) (172)

Os melhores brasileiros em 2012

Publicamos nas páginas seguintes o Ranking Brasileiro de Maratonistas, referente às provas nacionais oficiais realizadas no ano passado. Para montar essa listagem seletiva, que reúne os mais rápidos por faixa etária, a revista toma por base todos que conseguiram resultados dentro do tempo-limite de sua categoria de idade, em uma maratona com resultados homologados pela Confederação Brasileira de Atletismo – CBAt, ou seja, com percurso aferido por medidor credenciado. Com variação, a depender de cada prova, em média apenas metade dos participantes consegue índice para entrar no Ranking.

Depois, é feita nova "peneira", desta vez considerando-se o melhor resultado da pessoa, uma vez que vários maratonistas correm mais de uma maratona brasileira durante o mesmo ano, sendo, contudo, minoria, ou seja, predominam os que foram selecionados para o Ranking com apenas uma marca alcançada no país em 2012.

No primeiro momento, do total de 9.943 que concluíram as 8 maratonas oficiais brasileiras, 4.100 (667 mulheres e 3.433 homens) obtiveram tempo para o Ranking, número pouco acima do constatado na seleção de 2011, quando ingressaram 3.807. Depois de selecionados os melhores resultados de cada um, ficaram 586 mulheres e 2.983 homens, ou 3.569 corredores que treinaram firme para os 42 km (em 2011, a listagem teve 3.078 selecionados). Dessa forma, houve um aumento de 15% no número de maratonistas "rápidos" ou no total da listagem do Ranking, de 2011 para 2012.

É importante destacar que os tempos-limite para ingresso na listagem são bastante razoáveis e bem menos rigorosos que os exigidos pela Maratona de Boston, mais precisamente meia-hora de diferença. Ou seja, enquanto, por exemplo, um homem de 52 anos precisa ter 3h35 ou menos para conseguir se inscrever na prova americana, para entrar no Ranking ele garante sua participação com resultados de até 4h05 (veja quadro).

Em relação às maratonas brasileiras, chama a atenção a queda no número de participantes na prova paulistana, e o crescimento das maratonas catarinense e carioca, passando a ser a maior do país a prova do Rio. Já quanto à "qualidade" dos concluintes em cada maratona, ou o percentual dos que conseguiram índice para o Ranking, que teoricamente poderia indicar as provas mais rápidas ou propícias para resultados rápidos, são necessários alguns comentários.

A prova com maior percentual de concluintes no Ranking foi a Adidas Pro, no Rio, com 65,2%, que apresentou condições climáticas extremamente adversas. A aparente contradição é fruto da participação de corredores muito competitivos (e treinados) nessa maratona, que tinha tempo-limite de conclusão de apenas 4 horas; ou seja, foi lançada para ser uma prova seletiva realmente. O mesmo vale para Foz do Iguaçu, com seu percurso difícil, cheio de subidas e descidas, mas que reúne sempre corredores bem treinados, estimulados pela boa premiação em dinheiro nas faixas etárias. Já o baixo percentual em SP não pode ser creditado a seu percurso ou condições climáticas adversas, mas principalmente pela participação de muita gente destreinada, que se inscreve pelo apelo da televisão.

De forma geral, todas as nossas maratonas têm boa organização e a absoluta maioria conta com percurso devidamente aferido. O Ranking é montado por faixa etária, tomando por base nossas provas oficiais. Já para os corredores profissionais vale um outro ranking, considerando também maratonas no exterior, e que é elaborado pela CBAt.

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