No domingo, estive mais uma vez no Rio de Janeiro a convite da Olympikus para correr a meia-maratona. Como em 2014, aproveitei a prova para testar o tênis oficial da Maratona do Rio, que chegou à terceira edição, o Rio 3.

Nestes dias, alguns amigos perguntaram nas redes sociais ou pessoalmente minha opinião sobre o modelo. Em um primeiro momento, tem ótimo custo-benefício, pois o preço sugerido é de R$ 229,00.

Antes, uma pequena explanação. O Rio na primeira versão era um tênis mais baixo, leve e estreito. Realmente de performance. Eu adoro. Mas sei que não é um modelo que agrada à maioria, principalmente aqui no Brasil (com as pessoas valorizando muito o amortecimento até pela relação com a corrida hoje em dia), além de exigir uma boa adaptação para os 21 km (algo mais rápido) e principalmente os 42 km.

No ano passado, o Rio 2 seguiu por um outro caminho. Ficou mais estruturado, mais “alto”, com maior amortecimento, o que influenciou no peso. Além disso, ao correr, ele esquentava, dava uma sensação de calor nos pés, mesmo em dias nem tão quentes. Diria que mudou de “categoria”. Escrevi sobre isso e comentei com o pessoal da Olympikus, sempre bem abertos ao diálogo. E acabou ficando “perdido”, com características parecidas aos de outros tênis da marca.

Agora, a sensação é que o modelo chegou em um ótimo meio termo.

O Rio 3 que usei, de número 40, pesou 243 g na balancinha de casa. Conforte o tamanho, esse valor oscila para mais ou para menos, principalmente nos femininos que são bem leves.

De cara, está bem mais maleável, principalmente na frente, contando com uma placa de controle de estabilidade no meio (algo que gosto, pois deixa o tênis mais firme). Além disso, o problema do “superaquecimento” foi bem resolvido e, agora, ficou bem “respirável”.

Claro que, para meu perfil e gosto, quanto mais baixo e mais leve, melhor (corri as últimas maratonas com tênis entre 150 e 170 g), com drop de 4 mm no máximo. Mas também sei que foram anos para chegar nisso e que, para atingir a maioria, o Rio 3 está em um bom patamar.

Em piso molhado, ele se mostrou bem estável, sem nenhum risco de escorregão. Usei também na pista de atletismo e a aderência foi ótima.

Como jogo muita água na cabeça durante a prova, ele chegou a molhar bastante e fez aquele barulho de “choc, choc, choc” (será que seria essa a onomatopeia?).

Dessa forma,trata-se de mais uma ótima opção no mercado (são inúmeras) para qualquer distância, principalmente meias e maratonas.

Para a edição de 2016 da Maratona do Rio (no dia 29 de maio), o que eu mudaria para o Rio 4? Faria aqueles pequenos furos no solado comuns em muitos tênis de performance, além de procurar reduzir mais um pouco o peso (deixando o mais próximo dos 200 g possível no número 40, como referência). Ah, e incluiria a cor rosa no masculino também!