Cinco países, cinco maratonas, dois dias de disputa. O clima promete ser de muita emoção e expectativa. Na Europa, quatro provas no domingo – Milão (com brasileiros em busca de índice olímpico); Paris, Viena (com brasileira na esperança) e Roterdã (com o queniano Moses Mosop “caçando” o recorde mundial de Patrick Makau, 2:03:38).

Na segunda-feira, Geoffrey Mutai tenta confirmar uma das três vagas quenianas para Londres-2012 na centenária Maratona de Boston, realizada ininterruptamente desde 1897 (só perde em longevidade para a maratona olímpica, de 1896 em Atenas).

Em Milão, seis brasileiros motivados pela possibilidade de alcançar o índice para a Olimpíada de Londres. Franck Caldeira, agora com o técnico Ricardo D’Angelo, fez toda a preparação para baixar o recorde pessoal de 2h12. Clique aqui e ouça a entrevista com o treinador feita por Fernanda Paradizo para o podcast Contra-Relógio no Ar desta semana.

A maratona italiana terá ainda Damião Ancelmo de Souza, Giovani dos Santos e Flávio Guimarães, na companhia do técnico Henrique Viana. Recentemente, os atletas fizeram uma preparação especial durante 30 dias na altitude de Cochabamba, na Bolívia, que fica 2.600 metros acima do nível do mar.

A baiana Sirlene Pinho e o piauisense  José Teles também estarão em Milão. Eles fizeram trabalhos diferentes. Teles treinou na altitude de Paipa, na Colômbia, e só voltou ao Brasil na segunda-feira passada. Já Sirlene preparou-se em Águas de Lindoia-SP. “É muito difícil a obtenção dos índices, por isso, a princípio, eles buscam melhorar as marcas pessoais. Teles, aliás, tem sua melhor marca exatamente nesta maratona em 2008, quando fez o índice para os Jogos de Pequim (2:12:26). Já a Sirlene busca correr a prova em menos de 2h35 e estabelecer seu recorde”, explicou o técnico Cláudio Castilho. Ouça também uma entrevista exclusiva com o treinador no podcast Contra-Relógio no Ar desta semana. Mais informações no site oficial de Milão.

Em Viena, na Áustria, Cruz Nonata da Silva sonha em repetir o feito de Adriana Aparecida da Silva, que obteve o índice olímpico na Maratona de Tóquio, em fevereiro, e é a única brasileira até o momento garantida em Londres. Porém, o desafio de Cruz é grande, já que tem 2:35:35 como melhor marca pessoal, obtida em outubro do ano passado em Chicago. Veja a listagem oficial da elite de Viena aqui.

Em Paris, a presença marcante é dos amadores brasileiros, que ano após ano ampliam sua participação na maratona francesa, que passa pelos principais pontos turísticos da “Cidade Luz”. A listagem de elite tem uma legião queniana. O canal SporTV promete a transmissão ao vivo a partir das 3h30 (horário de Brasília) no domingo. Mais informações no site oficial da prova francesa.

Em Roterdã, na Holanda, uma prova muito rápida e planejada para busca de marcas pessoais, toda a atenção estará voltada para Moses Mosop, o homem dos 2:03:06 em Boston-2011 e da vitória em Chicago-2011. Além de confirmar seu nome no trio queniano para a Olimpíada de Londres, Mosop e seu treinador, o italiano Renato Canova, falam há meses: o foco é superar o recorde mundial – 2:03:38 de Patrick Makau. Mais informações e possível transmissão online no site oficial de Roterdã.

Na segunda-feira, Dia do Patriota nos Estados Unidos, Geoffrey Mutai defende o título da Maratona de Boston. A expectativa fica para seu desempenho após os impressionantes 2:03:02 do ano passado (a melhor marca da história, mas Boston não vale para homologação do recorde mundial). O queniano também buscará confirmar seu nome no trio que defenderá a medalha de ouro olímpica conquistada por Samuel Wanjiru (morto no ano passado) em Pequim-2008. A prova começa às 11h (de Brasília) e a BandSports prevê a transmissão. Clique aqui e ouça mais detalhes de Boston no podcast Contra-Relógio no Ar desta semana, incluindo uma entrevista com Japão Carvalho, que correu a prova seis vezes.

Mais informações no blog Últimas durante a próxima semana, no podcast Contra-Relógio no Ar de quarta-feira e na edição de maio da revista Contra-Relógio.