12 de dezembro de 2025

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O uso desenfreado de “substâncias” na bolha da corrida… #TristeRealidade

Nos últimos meses, tem se tornado recorrente ouvir diversos relatos sobre o uso do chamado “chip da beleza” ou do famoso “suco” como dizem por aí no meio dos corredores. Podem ser considerados estimulantes ou substâncias para melhorar perfomance, especialmente no meio das corridas de rua. O que antes era uma prática restrita a ambientes médicos específicos, hoje se espalha por academias e grupos esportivos como uma promessa de resultados rápidos, mais disposição, melhor desempenho e um corpo “perfeito”, sabe aquela barriga com gominhos tão desejada por todos que querem chamar atenção?


No entanto, por trás de tudo isso existe um EGO ferido, algumas querem chamar atenção de qualquer maneira. Eu sei que temos o livre arbítrio de consumir e usar o que bem entendemos, mas e os atletas que realmente treinam pesado e muitas vezes perdem pódio por conta desta “sujeira”? Como ficam? Pois a disputa é injusta!

É uma triste realidade que já acontece nos dias de hoje, em algumas provas aqui da cidade de São Paulo, infelizmente há uma perigosa normalização que podem trazer sérios riscos à saúde física e mental, e o problema vai muito além da estética.

Em um cenário em que a corrida é muitas vezes associada à superação pessoal e à busca por bem-estar, a introdução de hormônios e substâncias distorce o propósito do esporte. Corredoras que deveriam ser exemplo de disciplina e autocuidado acabam se tornando reféns de uma lógica de performance extrema, onde o corpo é visto como máquina, e não como organismo que exige respeito e equilíbrio.

Além de tudo os riscos são alarmantes: desequilíbrios hormonais, problemas hepáticos, alterações de humor, infertilidade e muitas vezes até dependência. Existe um impacto psicológico profundo — a sensação de que o desempenho natural nunca será suficiente, o que alimenta inseguranças e pressões estéticas impostas pela sociedade e muitas vezes na comparação das redes sociais.

A busca por performance não deveria passar pelo uso de atalhos perigosos. O verdadeiro mérito está no processo, na constância e na superação saudável dos próprios limites.

É urgente que este debate chegue em organizações de provas para utilizarem em alguns pódios como “fator surpresa”, aleatoriamente testar os atletas para identificar possíveis “trapaças” e equiparação de senso de justiça a todos participantes. Este assunto deveria ser tratado com mais responsabilidade, tanto por profissionais da saúde quanto por influenciadores do mundo esportivo.

Mais do que resultados rápidos, precisamos valorizar corpos reais, esforços genuínos e, principalmente, a saúde das mulheres e homens que fazem do esporte um espaço de empoderamento e não de autodestruição.

E caso tenha visto algum caso de dopping na corrida, denuncie com informações contendo imagens (prints), redes sociais e link de vídeos para apuração.

A sociedade de medicina tem um canal anônimo de denúncia: https://www.medicinadoesporte.org.br/etica-denuncie/

Bjs e volto já! 


#ÓtimasLeituras&Reflexões

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