O que é melhor para corrida: inúmeras opções ou um crescimento mais organizado?

O boom das corridas de rua chegou também às provas em montanha. Agora, nas duas questões, a cada dia tenho mais dúvidas: é melhor contarmos com inúmeras opções (com provas no mesmo dia, na mesma cidade, nos mesmos percursos, concorrendo entre si) ou um crescimento mais organizado, com mais sustentabilidade, uma palavra tão em moda hoje em dia?

Pelo dicionário Aulete, “sustentabilidade é a qualidade ou condição de sustentável”, ou melhor, o ” modelo de desenvolvimento que busca conciliar necessidades econômicas, sociais e ambientais de modo a garantir seu atendimento por tempo indeterminado e a promover a inclusão social, o bem-estar econômico e a preservação dos recursos naturais”, um “desenvolvimento sustentável”.

Pensando em um mercado aquecido por tempo indeterminado, vale a pena termos 20 provas de 10 km no ano no mesmo percurso? Cariocas reclamam dos inúmeros eventos no Aterro do Flamengo, gaúchos na beira do Guaíba, paulistanos na região da USP ou até da Avenida Pacaembu… Vale a pena termos três meias-maratonas no Rio de Janeiro em menos de 45 dias ou seis de 21 km no ano em São Paulo ou três maratonas no mesmo dia?

Essa discussão teria outro embasamento se nosso mercado de corrida fosse tão amadurecido como o americano, por exemplo. Mas não é. Pelo menos ainda não. Além do fator “saco cheio de correr nos mesmo locais” entra a questão econômica. Fica caro. Em número de concluintes, crescemos muito pouco na maioria das corridas. Várias acabam caindo. No final, a soma global cresce, porém, devido ao total de eventos.

O que você acha? Não seria melhor termos um calendário mais organizado, tendo provas “desejadas”, crescendo com sustentabilidade ou prefere que continue assim, valendo a tese de quanto mais corridas, melhor? E que o futuro dê a resposta?

Foto: Sergio Shibuya/ZDL

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