O melhor ano da corrida. Uma hora o corpo tinha de pedir água, justo

Comecei a me dedicar à corrida em 2008. Treinar exclusivamente e seguir uma preparação a partir de 2010. E 2012, sem dúvida, foi o melhor em todos os sentidos. A começar pela saúde (nenhuma contusão ou dor) e pela parte psicológica. Passando pelos recordes pessoais (baixei em todas as distâncias). Mas o corpo tinha de “pedir água”. Nada mais do que justo. E foi nesta semana.

Tinha tomado uma decisão há semanas: a etapa de Brasília da Golden Four Asics neste domingo seria a última competição do ano. A partir de segunda-feira, só treinamento. Isso antes até de ganhar a participação nas provas da Disney (11, 12 e 13 de janeiro) no Desafio Pharmaton. Após isso então… No calendário somente a São Silvestre, mas essa faz parte da temporada de 2013 no planejamento.

Sou competitivo, gosto de correr forte, porém, não sou tão louco como parece! Na medida que você vai se aproximando dos 40 anos, tem filhos, esposa, a experiência pesa. Ajuda demais. Faço questão de ouvir meu corpo. Não perco o sono se um dia estou ruim e o treino não sai como deveria ser. A regra é simples: “Fiz o que dava para fazer naquele dia”. Ah, diferente de ter preguiça, essa precisa ficar de lado, mas de saber que um dia ruim não fará diferença alguma no objetivo final. O dia ruim só não pode ser o mesmo da prova-alvo.

Queria correr forte em Brasília. Descansei o possível para não deixar o ritmo cair muito após a Maratona de Buenos Aires. Mas um misto de fatores acumulados ao londo do ano e alguns treinos com calor insuportável, minaram as minhas energias. Imunidade foi lá para o dedinho do pé. Gripe, sinusite, dor no corpo, febre, dor de cabeça, dor de garganta, tudo junto e misturado. Faz parte. Nada a reclamar. Muito pelo contrário. Só a agradecer.

Sinceramente, perdi as contas de quantas provas fiz em 2012. Só lembro das maratonas, três. Em duas, batendo recorde pessoal – 3:04:45 em Porto Alegre e 2:59:55 em Buenos Aires, fora a inesquecível Boston. Nos 10 km, três sub 40 sem relógio, com o melhor em 39:37 na Tribuna, em Santos. Meias e provas de montanha, diversas. Os tempos nos 21 km também caíram, fiz 1:26:35 na Meia da Yescom em São Paulo e 1:26:32 em Buenos Aires.

Outro dia, olhei as medalhas deste ano e até me assustei, não tive coragem de contar para ver quantas realmente completei nesta temporada – em contar Paranapiacaba e Bombinhas, que não cheguei ao final. Uma coisa, mesmo sem os números, tenho certeza: foi acima do limite. A quilometragem semanal, desde janeiro, não tenho a mínima ideia.

Então, amanhã, viagem para Brasília. Me divertir, encontrar amigos, dar risadas, fazer promoção da Contra-Relógio na Expo… Vou correr? Sinceramente, não sei. Restam 72 horas para prova. Domingo de manhã, decidirei. Como me conheço muito bem e sei que quando largo, acabou a brincadeira, só alinharei na largada se estiver com o corpo 100% recuperado e sem umidade baixa. Diferentemente disso, não irei arriscar. Nos vemos em Brasília.

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