Uma prova para ser um sucesso de público e de crítica, não basta apenas ser organizada. Até porque, sempre teremos falhas.
Não basta ser a maior do Brasil e da América do Sul na distância.
Não basta ter hidratação a cada 2 km.
Não basta ser rápida com percurso plano à beira do mar.
Não basta ter 28 anos de existência e uma evolução edição a edição.
Não basta ter bons atletas de elite e entrar nas estatísticas mundiais.
Não basta ter largada em ondas e separação de ritmo, dando o direito de sair na elite B aos mais rápidos na própria Tribuna. Até porque, em uma prova de 10 km com mais de 15 mil concluintes, sempre haverá um ou outro ponto com muita gente. Algo inevitável.
Não basta terminar na praia, com espaço de sobra para as pessoas ficarem horas conversando.
Precisa ter alma. E a alma da Tribuna é o público, os corredores, a cidade que envolve e abraça a prova. Algo muito comum no exterior e ao mesmo raro no Brasil.
A prova é vista como algo da cidade, dos santistas. Isso muda tudo. Dos 18 mil inscritos neste ano, 9.787 são de Santos. Só isso a faria enorme. Se somarmos mais 1.771 mil da vizinha São Vicente, temos 11.558, sem contar Guarujá, Praia Grande… Para fechar esse círculo, a organização precisa ter a consciência disso. Das características exclusivas do evento e trabalhar para elas.
Os grupos de empresas, clubes, assessorias, academias dão o tom para a Tribuna. Público esse que se não está correndo, está acompanhando nas calçadas, oferecendo cerveja, churrasquinho, aplaudindo, brincando, segurando cartazes… Esse é o grande diferencial. A alma da Tribuna.