Treinar para uma maratona já exige dedicação, treinamento, algumas adaptações no cotidiano… Isso todos sabemos. Mas, então, e chegar às 150 provas longas completadas, entre ultras e 42 km? Bem, esse foi o feito alcançado por Nilson Paulo Lima no último sábado, ao fechar a Maratona da Jamaica, a Reggae Marathon, em 3:45:05, na primeira colocação na faixa etária 60-64 anos.

Como membro do grupo dos Marathon Maniacs, Nilson tem todas as 150 provas registradas. Quem quiser conferir onde ele correu, basta clicar aqui para acompanhar o desempenho, desde a estreia nas longas distâncias, na Maratona de São Paulo, em 1998.

“Correr 150 maratonas, para nós, brasileiros, que não temos tantas opções, não foi fácil. São longas viagens, seja para o exterior ou mesmo dentro do país. Junta-se a isso a necessidade de organizar o tempo para conciliar os compromissos do dia a dia e, claro, um bom planejamento financeiro. Fisicamente é possível diminuir a carga de treinos e priorizar provas sequenciais”, afirma Nilson, para quem ficou com curiosidade de saber como foi essa rotina em um período curto de tempo, pois de 1998 a 2016 foram “apenas” 18 anos.

E agora, quais os objetivos? “Não tenho planos a longo prazo… Gosto buscar adrenalina em qualquer prova. A maratona é como uma atividade rotineira qualquer no dia a dia. Se surge uma bacana e possível na minha agenda, vou lá e faço”, explica Nilson, com a humildade e simpatia peculiar.

Mas, claro, todos nós, corredores, sempre temos aqueles desejos. Mesmo depois de 150 e 28 países percorridos, não é diferente para Nilson. “Está pendente na minha agenda a Maratona do Sol da Meia-Noite, (na Noruega) e a do Medoc (com muito vinho na França), além da Muralha da China e da Antártida”, adianta o ultramaratonista. Ou seja, não faltarão provas pela frente!