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Notícias André Savazoni 27 de agosto de 2012 (7) (109)

Nada como uma semana após a outra… e um visual inesquecível

Semana passada tinha parado nos 21 km em Bombinhas devido ao barro e ao tênis pessimamente escolhido. Melhor não arriscar e manter os treinamentos. Foi o pensamento do momento. O que comprovou-se acertado. Consegui manter a programação certinho. Mas fazer exercícios na areia da praia é bem legal, se não fossem as dores musculares depois!

Todos que acompanham o blog sabem que tenho usado as provas de montanha para relaxar em contato com a natureza e também ganhar benefícios para buscar os meus objetivos no asfalto. Tem dado muito resultado.

Porém, nunca tinha corrido uma prova do Mountain Do. Havia essa lacuna. E a estreia não poderia ter sido melhor. Na Praia do Rosa. Com um visual inesquecível. Além de uma organização excelente. Antes de continuar o texto, fica a dica para 2013. Garanto que você não irá se arrepender.

Na manhã de sábado, ao chegar à arena, conversei um pouco com o Kiko, responsável pela Sport Do e consequentemente por todas as provas do Mountain Do. Estava na correria, literalmente com a mão nas cordas, já que a entrada de uma frente fria na madrugada, com ventos de até 70 km/h (que permaneceram por todo o dia), tinha derrubado toda a estrutura montada. “Gosto de estar com tudo pronto nesta hora, para poder conversar, dar atenção”, afirmou. E, um pouco mais tarde, nova rajada de vento fez recomeçaram pela segunda vez os trabalhos…

E o próprio Kiko me adiantou: “Você verá o tratamento que damos nas trilhas, cuidando de tudo, deixando-as limpas. Há trechos que afunilam? Claro. Mas só depois de 3,5 km da largada, quando os corredores estão mais separados.” Realmente, foi o que vivenciei na prova. A começar pelas largadas. Primeiro, às 14h50 os 9 km e, somente após 20 minutos, os 18 km e os 4 km. Isso já dá uma vantagem enorme. Quem corre montanha sabe do que estou falando. Ainda mais porque os 4 km tinham outro trajeto.

Durante os 18 km, nunca me senti tão seguro em uma prova off-road. E olhe que dificuldades não faltaram. Como dunas para cima e para baixo, trilhas íngremes idem, parte com pedras, uma subida próximo do km 15 que só de lembrar já fico cansado… E no topo do morro, um posto de água localizado estrategicamente. Foi momento de parar, beber um copinho, olhar o visual e partir estrada de terra abaixo. Revigorado. Ah, tudo muito bem sinalizado, com pessoal do staff espalhado de montão.

Mantive a mesma estratégia que faço atualmente nas montanhas. Corro forte nos trechos planos, em estradas de terra ou trilhas largas. Nas descidas em trilha, vou bem devagar. Nas subidas, depende da inclinação. Corrida, trote ou caminhada rápida. Foi uma delícia. Com tênis normal (Kiko me avisou antes que poderia ir sem medo). Claro que se tivesse chovido forte, seria diferente. Mas percebi que o que faz a diferença mesmo no Mountain Do é o cuidado da organização com o antes, o durante e o depois. Assim como a limpeza de todo o percurso, inclusive colocado grandes cestos de lixo logo após os postos de hidratação com água e isotônico. De sobra, por sinal.

Não corri ainda outras provas do Mountain Do (farei até para poder comparar), mas o da Praia do Rosa está mais do que aprovado. Para novatos ou experientes nas montanhas. Claro que há trechos quase impossíveis de correr (ao passar pela subida que citei acima, indaguei o pessoal do staff: “Alguém correu aqui”? “Só dois homens e uma mulher”. E nesse ponto eu estava entre os 40 primeiros!).  Mas há outros para “sentar o pé”. De verdade. E muito.

Foi exatamente o que fiz no final, por exemplo. Ao acabar a última descida em trilha bem devagarzinho e ser ultrapassado por alguns competidores, sabia que seria só estradas de terra até a chegada. Percebi que oito corredores estavam na frente e tracei como meta, buscar todos. Consegui. Como mais uma vez corri sem relógio, não sabia em que ritmo estava nem exatamente quanto faltava para a chegada. Só saiba que tinha perna/pulmão para apertar.

Terminei em 1:31:12, em 30º no geral. Com uma sensação diferente de outras provas na montanha: de quero mais. No mínimo mais uns 3 km. Todo o cansaço tinha ido embora. Nada como uma semana após a outra… E em um lugar de visual inesquecível.

Foto: Raquel Hoefel

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7 Comments on “Nada como uma semana após a outra… e um visual inesquecível

  1. Esse é o Mountain Do mais bonito. De SC, com certeza. Já corri em 2011 e pretendo correr em outros anos se der a sorte de conseguir inscrição. Ano passado o vento também veio ver a prova no sábado e desarrumou tudo. Parece que se tem MD, tem vento.
    A organização deles é praticamente impecável, mas os valores da inscrição são muito altos para (quase não) correr no meio do mato.
    Bonito, sem dúvida é. E essa subida que você falou não tem fim. Mas o visual quando chega no topo é coisa de outro mundo.

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    Enio, eu gostei da mescla entre mato, praia, estradas e dunas… confesso que encaixou no que me dá mais prazer em montanhas, rs.
    E tem razão, a vista do alto da montanha é linda.
    Você lembrou bem. Na primeira edição, passou o ciclone extratropical e, no ano passado, inundação, maré alta…

    Abraço
    André

  2. Já pensou se tivesse mantido a assiduidade nos treinos ao invés de dormir até tarde?

    Sacanagem. Parabéns e volte sempre.

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    Foram os treinos em Jaraguá do Sul… o único problema é que lá, nem sempre os moradores da cidade aparecem para treinar com os amigos, ficam dormindo…

  3. Fala Andre. Concordo com você. Mountain Do é sem dúvida o melhor organizador de provas de montanha. Seguido do XTerra. Abraços.

  4. André, realmente prova muito bonita, o pessoal da organizacao esta de parabens, perfeita, mas ultima subida foi de matar, olhei para traz quando já tinha terminado a subida, pessoal subindo de costa, mão nos joelhos, tive tempo de pedir para o fotografo tirar foto desse pessoal, muito engraçado.abraço.

  5. É isso ai André. Antes de tudo de ser divertido e prazeroso. Que tal agora focar no que realmente importa? Corrida no asfalto e sangue nos olhos!!! Abraços!

  6. Vamo pro Atacama André?! Abcs!

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    Vontade não falta Paulo… quem sabe…

    Abraço
    André

  7. Parabéns André!

    Temos que realmente curtir as provas e acredito que as provas de montanha merecem este olhar diferenciado.

    Abraços e bons treinos!

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