O Mundial de Atletismo que se encerrou hoje na Rússia teve uma disputa acirrada no quadro de medalhas entre as equipes dos EUA, Rússia e Jamaica. Mas no “Mundial de Marcas Esportivas” a coisa foi um pouco diferente. Quem mais apareceu na camisa dos atletas foi, com larga vantagem, a Nike. Também, pudera, a empresa americana vestiu 4 das 5 maiores delegações (EUA, Rússia, Alemanha e Ucrânia), enquanto a Adidas vestiu a equipe do Reino Unido.
No gráfico acima, o percentual de “Outros” inclui outras marcas famosas como Mizuno, New Balance e inclusive a Saucony que vestiu um único atleta, o único representante da Somália na competição.
Quem também chama a atenção é a marca espanhola Joma, menos conhecida por aqui, que patrocinou os atletas da própria Espanha, além de México, Marrocos e Bosnia-Herzegovina, garantindo assim um share de 5% dos atletas.
No quadro de medalhas entre as marcas, o predomínio da Nike é ainda maior, com 61% das medalhas.
Vale ressaltar que as análises foram feitas considerando o patrocinador de cada delegação, que se aplica ao uniforme mas não necessariamente ao calçado. Este podia ser diferente da marca do uniforme quando o atleta tivesse um contrato de patrocínio específico. Alguém reparou que quando os maratonistas brasileiros Solonei e Paulo Roberto foram dar entrevista após a corrida, penduraram seus tênis ao redor do pescoço para mostrar os seus patrocinadores e, ao mesmo tempo, bloquear a imagem da patrocinadora do uniforme da delegação brasileira?
Por falar em Brasil, um triste parênteses que não tem a ver com marcas: das 20 maiores delegações, o Brasil (com 32 atletas) foi a única que não ganhou nenhuma medalha.
Já o Djibouti foi o país que teve o melhor aproveitamento medalhas/atleta com 100%. Sim, isso mesmo, o único atleta do país na competição beliscou o bronze nos 800 metros masculino.
Abs e bons treinos!
@rdlucchesi / rodrigo79@gmail.com
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Interessante ver a estatística por marca. Nunca tinha parado para pensar nesse sentido.
Quanto ao Brasil, infelizmente falta MUITO (e infelizmente na minha opinião nunca seremos) para sermos uma potência esportiva. O que temos são abnegados que conseguem se destacar com a falta de incentivo do nosso país.
Abraço!
Milton – http://vintesemanas.blogspot.com.br
Não é apenas falta de incentivo. a Fabiana ganha muito bem, o Duda não muito menos, e os demais atletas não estão em hipótese alguma passando necessidades, todos com bolsa-atleta, sala´rios de clubes e patrocínios pessoais.
Materia super interessante meu amigo, parabéns !!
Forte Abraço
Léo
http://www.pisandoporai.blogspot.com
Julio. Com certeza tem atletas ganhando MUITO bem. Mas infelizmente esses representam um percentual MUITO pequeno do universo de potenciais atletas que temos no nosso país. Aliás, muitos desses que conseguem se destacar não conseguem lidar com a pressão justamente por serem esses “destaques”.
Abraço!
Milton http://vintesemanas.blogspot.com.br
Eu concordo com o Rodrigo: foi realmente decepcionante a participação brasileira nesse Mundial de Atletismo.
A imagem de Solonei e de Paula chegando juntas foi bonita. E foi frustrante aquela última passagem de bastão das nossas meninas no revezamento 4x100m (ali era muito grande a chance de medalha).
Também concordo com o Milton. Falta MUITO para sermos uma potência em diversos esportes, e de modo especial no atletismo. Nem mesmo a proximidade das Olimpíadas Rio 2016 parece sensibilizar as autoridades/federações esportivas para o esporte brasileiro.
Abraços a todos.
Brunno – http://movidoaendorfina.wordpress.com
Muito boa matéria!