20 de setembro de 2024

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Notícias admin 2 de novembro de 2015 (0) (115)

Muito calor na Meia da Asics em Fortaleza

O conceito da Golden Four Asics, meias-maratonas por 4 capitais brasileiras, é de criar condições ótimas para os participantes conseguirem grandes resultados nos 21 km, e assim foi nos 4 anos do circuito, até a etapa de Fortaleza, dia 28 de junho.
Mesmo com a largada antecipada para as 6 horas, o calor já era de 23 graus e chegou aos 28, com sol pleno e umidade alta, não permitindo a ninguém correr como imaginava. Para piorar, ao contrário das provas nas outras cidades, o percurso apresentou duas boas subidas no terço inicial. Enfim, se a busca era por recorde pessoal, deve ter acontecido o inverso para a maioria (a pior marca…), já que mesmo os corredores locais comentaram terem sofrido.
Aliás, eles não representavam nem metade dos 2 mil inscritos, com expressiva presença de participantes de outras capitais nordestinas, além de muita gente do Sudeste. Realizada sempre em São Paulo, Rio e Brasília, entrando Belo Horizonte no primeiro ano, mas substituída por Porto Alegre em 2013 e 2014, tudo leva crer que a Golden Four do próximo ano não incluirá Fortaleza, nem qualquer outra capital do NE, em função do clima adverso para provas acima de 10 km.

ORGANIZAÇÃO IMPECÁVEL. Como tem sido desde o lançamento do circuito da Asics, a organização por parte da Iguana foi exemplar, a começar pela feira da entrega sem filas dos kits (camiseta, viseira, número com chip no verso, lanches, palestras (algumas, como sempre, pouco interessantes, especialmente as de nutrição – "no dia, não invente nada no café da manhã"…), em local de fácil acesso e estacionamento gratuito. As camisetas podiam ser customizadas (colocação de nome) sem pagamento por isso.
A feira foi no Marina Park Hotel, onde também aconteceu a chegada. A largada se deu ao lado do Centro de Eventos do Ceará, o que obrigou as pessoas a deixarem seus carros por lá e depois voltarem (de ônibus fretados pela prova, mas pago) ou de taxi. É o grande inconveniente das corridas que não tem largada e chegada no mesmo ponto, o que é sempre recomendável.
Essa opção por vezes acontece para tornar o trajeto mais rápido e/ou bonito, mas nenhuma das duas coisas aconteceu em Fortaleza. Além das subidas, o percurso passou por áreas nada atraentes, com cheiro ruim e trânsito controlado, mas bem ao lado dos corredores, até chegar à orla. No percurso, entrega de grandes esponjas para se encharcar em água quente, que quase ninguém pegava, já que havia os copos com água fria. Uma bobagem absoluta!

SOMBRA E GELO. Depois dos quentes 21 km, os participantes foram recebidos com mais água e Gatorade gelados, lanche, toalha, medalhão (a maioria ainda acha legal ganhar essa recordação, apesar de quase sempre ela ser colocada em qualquer canto depois), e tinham acesso a massagem e toneis com água e gelo, para uma seção de crioterapia, que foram muito procurados.
Tudo isso em uma área bem sombreada, ao lado do pórtico de chegada, que levou muita gente a lá ficar por algum tempo, podendo ainda acessar a feira, para compras e para acompanhar a cerimônia de premiações.
Mesmo com bons valores monetários para os 5 primeiros, o evento não atraiu corredores africanos, sempre presentes em qualquer corrida com algum dinheiro expressivo, mas que nada acrescentam, na opinião da revista. Na véspera, questionado por este editor sobre qual tempo esperava fazer no domingo, Franck Caldeira comentou que deveria ser por volta de 1h03, o que mostra que também a elite sofre com o calor…
Resultados completos em http://www.asics.com.br/golden4asics/. A última etapa será em Brasília, dia 8 de novembro, e assinantes da CR tem 10% de desconto.

Os pódios em Fortaleza
1 Marily dos Santos 1:17:57
2 Mirela Saturnino 1:21:13
3 Mary Emanuela Costa 1:21:47
4 Keila Cristiane 1:30:19
5 Angélica Pronsati 1:31:47

1 Damião Ancelmo 1:06:09
2 Franck Caldeira 1:06:36
3 Jurandyr Couto 1:07:04
4 Rafael Novais 1:07:33
5 Valdison das Neves 1:07:42

Curiosidade
Na véspera da prova da Asics, aconteceu uma corrida de 7,5 e 15 km, à noite, pela avenida que leva ao aeroporto de Fortaleza, reunindo perto de mil corredores. A temperatura estava nos 23 graus, mas sem sol…

Minha sofrida prova
Entrei nos 21 km da Asics Fortaleza sabendo que não conseguiria grande performance, mas não imaginava que ela seria tão má, como foi. Como se sabe, temperatura é, sem dúvida, o principal fator contra ou a favor de resultados em provas de médias e longas distâncias, e não o percurso. Daí, inclusive, a sempre bandeira da revista para que as maratonas brasileiras larguem bem cedo, de madrugada mesmo, se forem acontecer em locais em que os termômetros possam chegar aos 30 graus, por volta do meio-dia. E a prova da Asics fez isso, mas de pouco adiantou.
Como tinha conseguido 1h58 na Meia da Mizuno, em São Paulo duas semanas antes (percurso absolutamente plano, temperatura em torno dos 17 graus), imaginei que na pior das hipóteses correria a 6 min/km, o que daria 2h06 no final. E até que fui nesse ritmo nos primeiros quilômetros, mesmo com as duas subidas antes do km 7, mas então o calor começou a mostrar sua cara.
Mais que o cansaço físico, o que aparece é um desânimo, que não vai embora nem com água gelada (para beber e jogar na cabeça) e Gatorade também frio, a cada 3 km. Então, fui me arrastando, procurando as poucas sombras do percurso (na calçada), depois passei a intercalar trote e caminhada, para completar em 2h11, sem nenhuma alegria. Agora, é treinar para voltar a correr de verdade na etapa da GF de São Paulo, dia 2 de agosto, buscando fechar em 1h55. Fortaleza só para passear…

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