Mudança da Maratona de São Paulo prejudica muitos. Mas não é de toda ruim…

Mudar a data da maratona a dois meses da corrida acaba com o sonho de quem a havia colocado como prova-alvo no primeiro semestre e estava treinando sério para ela.

Traz um prejuízo financeiro para quem é de fora de São Paulo e já tinha acertado hotel e passagem aérea (pessoalmente, tanto em provas aqui quanto no exterior, com exceção da inscrição, só acerto essas coisas entre 45 a 60 dias do evento, nunca com mais tempo…)

Algo péssimo, um desrespeito com os corredores, que nunca deveria ocorrer. Se há dúvidas, então, segure a abertura das inscrições. Não culparia somente a Yescom (até porque a prova é da Globo), como não culpo 100% outras organizadoras que enfrentaram, enfrentam e vão enfrentar o mesmo problema.

Vivemos no país do futebol e em ano de Copa das Confederações e de véspera de Copa do Mundo, vamos perder sempre e a corrida estará ainda mais em terceiro, quarto ou quinto planos.

Agora, fora todo os problemas e desrespeito já citados, a mudança da Maratona de São Paulo para outubro traz pontos positivos se forem feitas algumas alterações na prova e um grande desafio: vai enfrentar diretamente o crescimento dos 42 km de Buenos Aires que, a meu ver, tem disparado o melhor “42 km do Brasil!”

Como ponto positivo, atualmente, as três principais provas do Brasil – São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro – estavam muito próximas. Dava para correr todas? Sim. Mas para ir em busca de tempo, de recordes pessoais, muito complicado na minha forma de encarar os 42 km.

Com a alteração, este ano, dá para correr forte PoA (9 de junho) ou Rio (7 de julho) e depois São Paulo (6 de outubro).

O comunicado oficial é confuso, não explica direito nem os motivos da mudança nem se a prova mudou de vez para outubro. Mas dá a entender isso nas entrelinhas.

Então, com a largada no Ibirapuera e sem a necessidade do transporte de ônibus, é possível largar no máximo às 7h (pensando nos corredores), com boa separação de ritmo (prometeram no comunicado, mas não disseram como. Se for aquele negócio de colocar a faixa sem controle algum, é “papagaiada” total), hidratação abundante (o que já há), música por todo o percurso (prometido), Expo mais longa e com atrativos (prometida). Vamos ver, na prática, se vão pensar nos corredores. Será que estou esperando demais?

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