7:15 da manhã de domingo… estou dentro do meu carro, estacionado no Recreio, Rio de Janeiro, perto do local da largada da Mizuno Half-Marathon. Faltam 15 minutos para começar a prova e, olhando a chuva lá fora penso em como nós corredores somos loucos: acordar às 5h da manhã de um domingo chuvoso e atravessar a cidade para… correr! Sim, nós somos loucos, viciados em endorfina!
Mas peraí, Rodrigo, você tem uma Maratona domingo que vem, que história é essa de correr prova uma semana antes? Eu sei, não deveria, mas o chefe perguntou se eu queria cobrir a prova, fazer o quê, não pude recusar… É como perguntar se macaco (ou corredor) quer banana!
E olha que valeu a pena, que prova! A Mizuno Half-Marathon veio para se consolidar como uma das melhores Meias do circuito nacional. Até com São Pedro a organização combinou. A chuva que caía desde a madrugada parou magicamente 5 minutos antes da largada. Até um arco-íris apareceu para saudar os bravos corredores.
Das Meias que já corri no Rio de Janeiro, foi a prova com o percurso mais plano: largada na praia do Recreio em sentido à Barra da Tijuca, retorno 10 km depois terminando no mesmo local. Além disso, o horário da largada (7:30) e o tempo nublado pós-chuva formaram o ambiente perfeito para quem queria bater seu recorde pessoal.
A prova ainda teve umas atrações legais, como o envio de fotos automaticamente para o seu perfil do Facebook, tenda com DJ no meio do caminho para dar aquele gás, massagem antes e depois da prova e, no final, vários pódios para os corredores tirarem fotos. A hidratação funcionou bem, água gelada a cada 2km, gel na metade da prova… só faltou melhorar a velha questão do Gatorade, que quase todas provas tem: servir Gatorade em copo aberto e cheio é garantia de lambança, se o sujeito não parar pra caminhar.
Crédito: Victor Wardi
O circuito da Mizuno já aconteceu este ano em BH e no Rio, as próximas paradas são SP (25/05), Porto Alegre (27/07), Salvador (28/09) e Brasília (12/10). Para quem for correr a 1a Meia ou estiver buscando um recorde pessoal, eu recomendo!
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Crédito: Victor Wardi
– Para quem for correr a 1a Meia ou estiver buscando um recorde pessoal, eu recomendo! –
Faço uma provocação.
Cada um de nós sabemos para que valor de tempo máximo, em cada uma das distâncias, a nossa curva estará tendendo.
Por mais que treinemos, nos alimentemos bem, a cada prova, o tempo sempre chegará perto deste valor para onde curva tenderá, com uma margem de erro baixíssima. Ou melhoraremos mais um pouco e empurraremos o nosso limite.
Pois bem, ao atingirmos esta fase de performance onde o tempo final sempre é importante para todos nós, o que dizer de incrementarmos o fator técnica ao longo do percurso para um outro tipo de prova diferenciada?
Resumindo.
Rodrigo, na sua atual fase, você só procura provas com características como a de ontem – Equivalente a uma corrida de Formula Indy em circuitos ovais onde só utilizo o acelerador – ou você mescla com provas com características como uma Meia Maratona Internacional de São Paulo de sobe-e-desces constantes – Equivalente aos Circuitos mistos de Fórmula 1 onde se faz mudanças de marchas a todo instante e utilizo freio, embreagem e acelerador?
– Eu sei, não deveria, mas o chefe perguntou se eu queria cobrir a prova, fazer o quê, não pude recusar… É como perguntar se macaco (ou corredor) quer banana! –
Depois que você citou isso acima, logo me lembrei de seu antigo post “Não jogarás futebol” http://revistacontrarelogio.com.br/blogs/linhas-de-chegada/2014/02/23/nao-jogaras-futebol/
(risos)
Maratona de POA!!!!! (risos)
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Oi Hélio, gostei das perguntas desafiadoras!
Respondendo a primeira, eu não procuro apenas provas para bater recorde, tem aquelas provas que você vai porque gosta do percurso, pelo visual, para acompanhar os amigos, enfim, vários motivos. Mas quando escolho a prova-alvo do semestre ou do ano, levo em conta sim o fator técnico e prefiro as mais rápidas. Afinal de contas é para essas que você vai montar o treinamento e, provavelmente, ter como objetivo melhorar seu tempo.
Quanto a polêmica do futebol, é parecido mas é diferente: jogar futebol é correr um risco grande, pois não depende só de você para não se machucar. Já correr uma prova uma semana antes da prova principal é gerenciável se você se controlar e não forçar a barra, como eu fiz ontem.
Abs!
Rodrigo
Ontem realmente tudo esteve a favor dos corredores, mas a Mizuno falhou feio no numero de banheiros químicos, muito pouco e filas gigantesgas
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É verdade, Fernando, havia poucos banheiros químicos e a fila continuou mesmo depois da largada. Obrigado por lembrar.
Abs
Rodrigo
Rodrigo, qto ao gatorade, a meia internacional do RJ teve uma sacada boa: vinha em saquinhos durante a prova, evitando a lambaça.
Pena que foi a única prova q vi isso até agora…
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Fernando,
A Meia Internacional do Rio e, se não me engano, a São Silvestre, já usaram saquinhos de gatorade que parece ser uma opção melhor mesmo. Falta entender porque as demais provas não oferecem esse formato, se existe alguma dificuldade ou restrição operacional.
Abs
Rodrigo
E a Meia Internacional de São Paulo deste ano também forneceu isotônico em saquinho. Prático tanto para o staff que entrega quanto para nós que bebemos.
São Silvestre, Meia Internacional do Rio e Meia Internacional de São Paulo. O que todas as 3 tem em comum?
YESCOM. Vale a pena verificar se todas as outras grandes provas da YESCOM também fornecem em saquinhos.
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Grande Hélio, acho que você matou a charada!
Abs
Rodrigo