A sensação de evolução na corrida é uma das melhores que o esporte pode proporcionar. Em 2009, corri pela primeira vez os 21 km, fechando a Meia Maratona das Pontes em 2h02. Nessa mesma época, ouvia amigos falando que tinham marcando 43 ou 42 minutos nos 10 km. Achava algo distante, impossível de alcançar. Em 2008, tinha marcado 1h39 na minha primeira São Silvestre.
O tempo foi passando e eu me dedicando aos treinamentos. O peso, também, foi baixando. Hoje, devo ter 12 quilos a menos, no mínimo, do que na primeira meia. No ano passado, corri os 21 km quatro vezes: 1h37 na Meia da Yescom, 1h33 na Corpore, 1h34 na Meia do Rio e 1h30min32s em Buenos Aires. Na São Silvestre, fiz 1h16 em 2009 e 1h04 no ano passado.
Como tive um ano muito bom em 2010, sem contusões, com evoluções interessantes, resolvi apertar o passo. Escrever para a Contra-Relógio, viver no meio das corridas, também influenciou positivamente. Assim, abandonei o lado conservador e tracei metas fortes. Para sair da zona de conforto. Porém, sem pular etapas, o que considero fundamental.
Vou correr duas maratonas em 2011. Porto Alegre, em maio, e Punta de Leste em setembro ou Buenos Aires em outubro. Sonho com um sub 3h? Claro. Sei que, se mantiver os treinos, a marca virá em 2012. Se vou conseguir antecipá-la, só o tempo dirá. Mas tinha colocado na cabeça que faria um sub 1h30 na meia maratona antes de Porto Alegre para ficar mais forte mentalmente. Assim, parti para um treino de ritmo na Meia da Yescom, em fevereiro, marcando 1h32, o programado. Sabia, então, que a marca poderia vir na Meia da Corpore.
Larguei um pouco mais atrás do que esperava, já que fiquei batendo papo com amigos e cheguei na concentração às 7h25. Nos primeiros dois quilômetros, tive de dar umas aceleradas a mais para liberar espaço e conseguir impor meu ritmo. Consegui. Tinha as marcações na cabeça dos 5 km, 10 km e 15 km, em todas, deveria manter uma média de 4:15 por km. E consegui respeitar todas, passando até um pouco abaixo do previsto. Passei os 15 km em 1h03, meu melhor tempo na distância.
Nos seis últimos quilômetros, segurei o ritmo, sem forçar, para sentir como seria manter essa velocidade por mais tempo, pensando na Maratona de Porto Alegre. Assim, fechei, feliz da vida, os 21,1 km da Corpore em 1h29min32s. Primeiro objetivo do ano concluído. Faltam outros. Vou em busca de todos, sem pressa, corrida após corrida, evoluindo gradativamente, sentindo o barato da corrida.
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Parabéns André
Felizmente também cumpri minha meta, mais modesta, que era baixar de 1:36. Ok, 1:35:29, 4:31/km, 14º M5559 (14/258=5,4%). Agora é #MaratonaPOA. Para mim, sub 3:30 é a meta.
É nóis
André,
Parabéns pela conquista. Muitas virão, com certeza. Você está no caminho certo, pois já aflorou o lado competitivo das corridas, o que é fundamental para obtenção de marcas. Como você mesmo disse: “…abandonar o lado conservador…sair da zona de conforto…”
Nos vemos nos treinos (fortes!)
Abs,
Cesinha
http://www.cesinhanascorridas.com/
É isso ai Cesinha… Quer conforto na corrida não existe. Corrida é para correr! Quer conforto .. vai pro sofá! André agora faz parte da tribo de quem gosta do esporte CORRIDA. Nessa tribo não existe entrar numa corrida para treino. Quer treinar… não seja um pipoca. Quer correr… corra e não passeie nas corridas… abçs