Blog do Corredor Tomaz Lourenço 11 de novembro de 2022 (0) (553)

Minha terceira e provável última Maratona de Nova York: a menos sofrida

Corri dia 06/11 a Maratona de Nova York, completando no tempo que esperava, em 5h37. Foi minha terceira participação, sendo a primeira em 1995 (3h35) e a segunda em 1998 (3h59). Das três, foi a menos dolorida e por isso mesmo a mais prazerosa, mesmo com os meus 75 anos.

Nas duas primeiras, tive fortes cãibras na segunda parte, o que me fez seguir caminhando em grande parte. Por vezes, me perguntavam sobre a New York City Marathon e eu dizia que tinha péssimas lembranças. Desta vez, saí em ritmo controlado, da mesma forma que já tinha feito no Rio em junho, então foi possível administrar o desgaste para chegar correndo e sorrindo.

Mesmo assim, ao me aproximar da entrada no Central Park, ainda na 5ª Avenida, apareceram os primeiros espasmos nas coxas, então passei a caminhar e quando eles desapareciam, voltava a correr. Completei sem problema, como queria, pois estou prevendo fazer a Maratona de Curitiba no próximo dia 20, para tentar entrar no Ranking da CR.

A NYCM é mesmo uma prova incrível, pela multidão de participantes e pela plateia gigante e vibrante em praticamente todo o percurso. Desta vez, em função do calor inesperado para essa época do ano (entre 19 e 24 graus), muita gente foi pra ruas, o que foi legal, mas naturalmente nem tanto para os corredores, que sempre preferem um clima mais frio.


No meu caso, houve um fator extremamente positivo, que foi a companhia constante de inúmeros outros corredores, o que não acontece nas provas brasileiras, em que logo após a largada já me vejo entre os últimos e meio isolado. Vale lembrar que saí na quinta e última onda (às 11h30), para os que definiram como meta completar entre 5 e 6 horas, daí que se larga com pessoas de praticamente o mesmo ritmo, o que é bastante agradável.

Ao contrário das outras vezes, desta vez fui para a largada de ferry boat, o que é muito melhor, porque não se fica horas esperando lá na concentração. O inconveniente apenas é a distância até o píer (no sul de Manhattan) para a maioria dos hotéis turísticos, na área do Midtown da ilha.

Apesar de ter adorado essa minha volta à mais famosa maratona do mundo, graças à inscrição que me foi cedida pela New Balance, acredito que não mais a farei, na medida em que estarei daqui em diante restringindo minhas participações nos 42 km, focando mais em meias-maratonas.

Mas talvez, a depender de como meu corpo irá responder aos treinamentos nos próximos anos, eu consiga me preparar para retornar a Boston, aos 80 anos, desde que consiga índice para tal, o que significará completar uma maratona em 2025/26 abaixo de 4h45 e, para tanto, precisarei emagrecer uns 10 kg e treinar muito.

Pra terminar, acabei de ver que fui 16º dos 62 concluintes na faixa etária 75/79 anos, o que me deu um ânimo extra para Boston 2027. E 538º entre os 623 brasileiros que completaram e ainda 37.971º dos 47.744 que fizeram a 51ª NYCM este ano.

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