Corredora “raiz”

Gostaria de dizer que estou muito triste com a notícia do fim da CR. Todo mês eu esperava ansiosamente o pacotinho cinza com a minha revista. Lia com calma, guardava; estão todas no armário, separadas por ano. Confesso que gosto de reler as mais antigas. Sou corredora “raiz” (basta tênis, shorts, um relógio simples), sem muita frescura, buscando sempre uma boa performance e o prazer de correr. Atualmente o foco maior tem sido apenas treinar à espera das provas. Acredito ter conquistado bons tempos em todas as distâncias.

Lendo a Contra-Relógio, corri as primeiras meias e estreei nos 42 km. A segunda maratona (em Foz do Iguaçu 2019) é meu recorde pessoal, com 4:12:52; a revista esteve presente e o editor Tomaz Lourenço ganhou até troféu de faixa etária. Via as análises da revista antes de comprar um tênis. A CR sempre foi muito importante na minha trajetória.

Entendo o encerramento. Os corredores são outros, os objetivos são outros, as corridas são outras. São os novos (bons ?) tempos. As pessoas estão deixando de ler livros, jornais e revistas. Só os mais velhos fazem isso, o que é uma pena.

Apesar de tudo, acredito ter aproveitado os melhores anos das corridas de rua. Tudo era mais simples, onde correr bem era o que mais importava. Desculpe meu desabafo.

Só tenho a agradecer pela oportunidade que tive de aprender muito sobre o mundo das corridas, com a publicação que agora encerra suas atividades.

Mas vou continuar acompanhando a CR pelo site, que, segundo informações do editor, ficará ainda mais atuante e informativo.

Elizabeth Araújo

Belo Horizonte, MG