Quem pratica rotineiramente uma atividade física quando criança ou adolescente, acaba tendo uma “facilidade” a mais na vida adulta esportiva. Vale o mesmo quando, parado por algum motivo, você retorna às atividades. É a chamada “memória muscular”. Nesta fase de volta aos treinos, ampliando a intensidade e quilometragem semana a semana, essa tem sido uma ótima alidada.

Em duas semanas seguidas, fiz o mesmo treino, 5 x 2.000 m. E a evolução acabou sendo ainda superior ao que eu esperava. Os dois meses afastado da corrida fizeram perder condicionamento e velocidade, porém, o retorno vai sendo bem constante. Como parâmetro, a sensação de esforço. Nos dois treinos citados, baixei 15 segundos por km fazendo a mesma “força”.

Claro que, também, esse é o momento para termos paciência, não arriscarmos, não corrermos mais forte do que deveríamos. Saber dosar, também faz parte do treinamento, do planejamento.

Nos dois longos (ainda nem tão longos assim) repeti a distância, de 22 km, nos últimos domingos. Com percursos bem parecidos, reduzi o tempo final em pouco mais de 7 minutos. E no mais rápido, estava menos cansado ao final.

Muitas vezes, um descanso prolongado ou nos afastar dos treinos por algo complicado (como uma lesão ou vida pessoal/profissional atabalhoada) nos desanima psicologicamente, porém, voltando a treinar, vem a resposta. Obrigado, memória muscular.

Assim, por mais uma semana, segue a preparação para a Maratona de Berlim.