Notícias admin 4 de outubro de 2010 (0) (137)

Meia-Maratona do Vinho, em Luxemburgo

Comecei alternando trotes leves com caminhadas, comprei um freqüencímetro e logo vi que era possível correr o tempo todo nos treinos. Não esqueço: uma das primeiras edições da CR que li foi aquela do Guia do Tênis – foi fundamental.

Iniciei fazendo corridas de rua aqui na minha cidade – 3, 5, 7 e 8 km. Eram provas acirradas; em razão do pequeno número de participantes, você não queria ficar para trás e acabava fazendo tempos bons. A primeira de 10 km que participei fiz em 48:40. Senti que tinha que continuar em frente.

Eu e minha esposa havíamos então programado uma viagem de férias para a Europa e através da CR tomei conhecimento da Meia-Maratona da Rota do Vinho, em Luxemburgo, dia 30/9, exatamente na mesma época que estaríamos lá por perto

O site www.aims-association.org/Calendar.htm, indicado pela revista, explicava tudo! Era prova oficial da AIMS e uma das mais belas do gênero na Europa. Fiz a inscrição e embarcamos para cumprir o roteiro turístico pré estabelecido. A corrida seria ao final da viagem, 2 dias antes de retornar ao Brasil. Consegui fazer apenas dois treinos, um em Brugge (Bélgica) e outro já em Luxemburgo. O resto foi turismo, o que por si só, já é uma "maratona". 

Era outono, fazia frio e chovia em Luxemburgo nos dias que antecederam a prova. Por sorte, no domingo da corrida, amanheceu um belo dia. Fomos pegar o kit, que trazia o chip, um par de luvas e uma garrafa de Crémant Gales, vinho espumante típico da região. A organização impecável, sem filas, pois a maioria dos corredores locais já tinha recebido o kit pelo correio.

A largada seria às 15 horas e o local da prova era realmente deslumbrante: às margens do Rio Mosella, afluente do rio Reno, que faz a fronteira da Alemanha com Luxemburgo. A paisagem consistia de belíssimos vinhedos dos dois lados do rio – produzem o vinho branco da casta de uva Riesling.

Tinha como meta correr um pouco abaixo dos 6 min/km, tempo no qual conseguiria completar com folga, dentro do limite de 2h30. Eram aproximadamente 1600 inscritos, em sua maioria luxemburgueses, belgas, alemães e franceses. Durante todo o percurso, bandas de música tocando ritmos variados, fartos postos de água, algumas bancas de frutas de moradores locais próximas à chegada e até chuveirinhos serviam para aliviar o cansaço.

Como era ida e volta na mesma estrada, a minha passagem pelo km 7 foi marcante, pois já me deparava com o pelotão de elite voltando numa velocidade espantosa. Eles já estavam no km 14! Dos 18 primeiros, 17 eram quenianos. No masculino, Wilson Chebet venceu com 1:00:13 e no feminino, a queniana Mary Ptikany cravou 1:10:13. Os tapetes para cronometragem situavam-se na virada dos 10 km e nos pontos de largada e chegada. Consegui completar em 2:01:01, correndo o tempo todo e extremamente realizado. Na chegada, muito isotônico, água, frutas e barras de cereais. Mais detalhes no site www.fla.lu

Vou continuar correndo na busca de um sonho maior, de completar um dia, uma maratona. Depois de uma prova dessa, descobri que realmente vale a pena sonhar…

*  Pedro Augusto Costa Reis é assinante de Uberaba, MG

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