A oportunidade surgiu quando descobri a Meia-Maratona de Riga (www.nordearigasmaratons.lv) que seria dia 17 de maio. Ir ou não ir foi uma questão que levei meses para digerir. De qualquer forma, comprei a passagem e deixei para decidir sob pressão, em cima da hora. Chegando aí, não resisti a tentação…
Foi um belo passeio, apesar do frio e do alto custo de vida. Para comprar um lat, moeda local, gasta-se 1,70 euros. O país tem apenas 2,3 milhões de habitantes, dos quais 60% são letões, 30% são russos e o restante oriundos de vários outros países.
Riga, a capital do país, tem uma população de 750 mil habitantes, e como outras cidades da Europa, no seu centro velho estão os principais monumentos, castelos e igrejas medievais, onde ocorreram os fatos mais importantes da sua história. Há muitos prédios art nouveau espalhados pela cidade, que impressionam pela imponência e beleza.
Apenas 500 na maratona. O evento deste ano contou com a participação de 5 mil pessoas, sendo que 500 correram a maratona, 1.500 a meia e o restante uma prova de 5 km. Trata-se de um passeio pelas principais ruas da cidade, algumas vezes sobre calçamento em más condições. Afora passagem sobre uma grande ponte, o percurso é totalmente plano. Pouca gente assistindo, mesmo porque a temperatura média estava em 5 graus… A visualização da distância percorrida, apenas a cada 5 km, não ajudou muito na administração do tempo, mas havia água, isotônico e frutas à vontade durante o percurso. Na chegada, percurso cumprido em 1h56, recebi bonita medalha. A camiseta, sob encomenda, custou por volta de R$ 100!
O vencedor da maratona, o queniano Samijs Kibets Rotics, completou em 2h16 e a campeã Vyacheslav Koshelev marcou 2h28.
Ligados à corrida, aconteceram fatos interessantes. Como havia informado à organização que escreveria a respeito da prova para a Contra-Relógio, fui especialmente convidado para o jantar de massas pelo diretor do evento, Aigars Nords. Nessa oportunidade, ele me apresentou a Jelena Prockopuka, corredora local, uma verdadeira popstar, dado o seu retrospecto em diferentes distâncias, principalmente nas maratonas mais conhecidas, dentre elas a de Nova York, que ganhou duas vezes. No jantar conheci Kristina Tamuza, executiva de uma das empresas que participavam da organização da prova. Ao saber que era brasileiro, me convidou para almoçar no dia seguinte, depois da corrida, e conhecer os seus familiares, um dos quais está preparando tese sobre a migração de cidadãos desse país ao Brasil.
Pelo acolhimento e pelos fatos que aconteceram, esta viagem não será esquecida. Conhecer Riga vale a pena pela sua história, pela beleza da cidade e pela cordialidade de seu povo. Com certeza, algum dia voltarei para matar a saudades e rever os amigos que lá fiz. Já para correr a maratona ou a meia, só se estiver por lá e coincidir…
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