André Savazoni
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A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) divulgou ontem uma nota oficial, por meio da assessoria de imprensa, encaminhada em primeiro momento para o site Corrida no Ar, informando que os resultados da Meia-Maratona Internacional de São Paulo, disputada ontem, não serão homologados pois o percurso corrido foi diferente do aferido.
Durante todo o trajeto, inclusive, a diferença entre os GPSs dos corredores estava acima do nível de erro (que existe pois os aparelhos não são perfeitos). Isso desde o primeiro quilômetro. Ao final da prova, a maioria marcou entre 21,6 a 21,8 km – bem acima do que normalmente deve ocorrer. A CBAt não informou oficialmente qual foi a distância percorrida exatamente, nem a razão para essa falha, hoje muito rara em provas bem organizadas, como costumam ser as realizadas pela Yescom.
Para os amadores, não muda nada. Ou melhor, a não ser quem ficou próximo da quebra de recordes pessoais (algo em torno de 1 a 2 minutos). Em relação à elite, os tempos não valem, mas as colocações e a premiação, sim.
A Meia de São Paulo teve 6.058 concluintes (4.953 homens e 1.105 mulheres).
Confira a íntegra da nota oficial:
NOTA OFICIAL Nº 40/2015
Não Homologação de Resultados de Corrida de Rua
Comunica-se que a CBAt, em função da prova não ter sido corrida no percurso oficialmente medido, conforme relatório do Delegado Técnico da CBAt presente na mesma, não reconheceu os resultados da prova abaixo, mantendo somente a classificação para efeito do Ranking Caixa CBAt de Corredores de Rua de 2015:
Permit CBAt Prata nº 03/2015 – Prova Nacional
Prova: IX Meia Maratona Internacional de São Paulo
Percurso: Meia Maratona Data: 1º de março de 2015
Local: São Paulo, SP.
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Isso tá acontecendo direto. A última Maratona de Santa Catarina 2014 teve mais de 600m a mais segundo os corredores. E os organizadores sempre dão a desculpa que é erro do GPS. Sei. Tá bom. Conta outra. Taí a prova.
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O problema ontem está confirmado, mesmo, Marcelo. Agora, quanto ao GPS, só um adendo, há sim a margem de erro, que inclui ainda o “tráfego”, tangência, perda de sinal… quando a diferença é muito grande, no caso de ontem, daí, o GPS é uma boa referência. Mas se tivesse marcado de todos, algo como 21,25 e 21,30, estaria com certeza certo. Uma comparação, usei o mesmo GPS em Buenos Aires, Boston, Nova York e Disney, todas aferidas, as três primeiras, com chancelas internacionais… marcando entre 42,5 e 42,7 km!
Abraço
André
O que leva a desprezarem o custo de uma aferição de um percurso para usarem outro? Desorganização, falta de planejamento ou puro desconhecimento das regras do esporte? A resposta dos organizadores vai responder. Aliás, resposta que não poderia estar demorando tanto.
Marcelo Assunção, eu já corri uma meia maratona cujo percurso havia sido aferido e na noite anterior à prova a polícia militar entrou em contato com a organização avisando que a corrida não poderia passar por determinado local (previamente autorizado), acho que por causa de vestibular ou coisa do gênero. Então a organização teve que alterar o percurso original e no caso deu quase 22 km.
são muitos fatores que envolvem uma prova e nem sempre o organizador tem o controle de tudo.
A consequencia de um erro como este pode sim ser enorme para um corredor amador sem gps. Imagine que nos treinos você corre confortável a 5min/km. Logo na placa do primeiro km passa com 5.30. Resultado: vai acelerar achando que está mais lento e, como o erro continuava nas demais placas, vai acabar quebrando no meio da prova. Infelizmente os organizadores buscam um milagre: fazer provas cheias, cobrando caro e investindo bem pouco. Erro inadmissível!
Se uma prova da yescom teve esse “migué”, que só foi descoberto porque tinha fiscalização, que dirá outras provas que tem menos vigilância! Eu corrijo meus tempos baseado no pace medido no meu relógio, independente se a corrida tem metros a mais ou a menos. E vida que segue.
Não é de hoje que essa organizadora de corrida apronta com os atletas amadores. Eu falo de nós, atletas amadores, pq somos nós que pagamos para correr, somos nós que passamos sede e bebemos água quente durante a prova e eles não dão a mínima. Eu não corro mais provas organizadas pela Yescom e sugiro que todos que tenham se sentido lesados tomem as medidas judiciais cabíveis.