O dia 21 de agosto será uma data especial para o esporte brasileiro. Dia da maratona masculina e do encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Mas, também, a despedida de Marilson Gomes dos Santos. Bicampeão de Nova York e quinto colocado em Londres-2012, o objetivo é melhorar esse resultado diante da torcida.
“É duro. A maratona olímpica é muito mais difícil do que as outras. O nível tende a dar uma equilibrada. Espero que não esteja muito rápida e que possa ter a chance de brigar pelas primeiras colocações, melhorar meu resultado da última Olimpíada”, diz Marilson. “Estou treinando normalmente, fazendo o que tenho de fazer. Não estou sentindo nenhum tipo de lesão, o que é o mais importante. Dando sequência no trabalho”, acrescenta.
O fator “casa” também pode ser seu aliado na busca pela medalha. “Principalmente na maratona, que tem momentos que passamos por certas dificuldades e esse apoio moral, que vem de fora, incentivando, torcendo, faz a diferença. E tenho certeza de que o brasileiro vai dar conta do recado, apoiar”, diz Marilson, reforçando a sua decisão de encerrar a carreira nesta prova.
“É definitiva. É a minha última prova. Vou dar o máximo que eu puder e espero fazer uma grande competição. O que depender de mim, vou com toda a garra possível”, crava o corredor, que ainda na Olimpíada quer acompanhar de perto a esposa, Juliana Gome dos Santos, nos 3.000 metros com obstáculos. “Como ela vai competir logo nos primeiros dias e minha prova é a última, vamos nos apoiar”, conta.
Em sua trajetória vitoriosa, Marilson tem um carinho especial pelos 10 KM Tribuna FM. “Foi a prova que eu comecei a aparecer no atletismo a nível nacional mesmo. Foi a primeira prova. Eu lembro que fui terceiro colocado naquela ocasião e pensei: ‘Opa! Estou chegando’”, destaca, lembrando de sua estreia, em 2000. “E comecei a dar o meu recado”, ressalta o atleta, pódio em dez edições, com seis títulos e até mesmo recorde.
“Tenho carinho especial pela prova, pelas pessoas de Santos. Afinal, a Juliana é de Cubatão, é da Baixada Santista. Sempre que eu podia participar, fazia questão de estar. Porque é uma prova muito bem organizada, muito legal, as pessoas na rua. É uma corrida que se aproxima muito das que temos nos EUA. Sempre gostei de correr, pela organização, por tudo eu a prova oferece e pelas pessoas na torcida”, elogia.