Depois de três anos, a Maratona Internacional de São Paulo retornou neste domingo (10/04) em grande estilo. Em um dia de temperatura agradável, cerca de 9 mil corredores voltaram a disputar o evento na capital paulista, que compreendeu as distâncias de 5, 21 e 42 km. Na maratona propriamente foram 3,5 mil concluintes, contra 4,1 mil na edição de 2019
Os etíopes Tilahun Nigussie e Kebebush Yisma ficaram com a vitória na distância principal. Ciovani dos Santos e Viviane Amorim foram os melhores brasileiros, com a 5ª e 4ª posições, respectivamente.
Na prova masculina, um grupo formado por oito atletas, entre eles três brasileiros – Giovani dos Santos, Daniel Chaves e André Luis – e cinco africanos, abriu distância para os demais, já nos quilômetros iniciais. E ficaram no mesmo ritmo até o km 30, se revezando na liderança da prova. A partir do km 32, o grupo foi diminuindo, e impondo um ritmo ainda mais intenso. Giovani dos Santos ainda conseguiu acompanhar os os africanos até o km 39. Já Daniel Chaves e André Luís ficaram para trás.
Nos quilômetros finais, Tilahun Tilahun Nigussie (foto acima) apertou o ritmo e completou os 42 km em 2:18:04, conquistando a vitória em sua primeira participação na prova.
“Foi uma boa prova, mas depois da metade do percurso, todos os atletas do pelotão sentiram o cansaço e o clima. Também teve as passagens pelos túneis e isso exigiu mais de todos. Mas estou feliz com resultado”, comentou o etíope.
Na prova feminina, a queniana Vivian Kiplagati liderou a disputa até o km 20, abrindo uma boa distância para as demais competidoras. A atleta sentiu o cansaço e não conseguiu manter o ritmo na segunda metade da prova. Melhor para Kebebush Yisma (foto acima), que fez uma estratégia diferente, e economizou o ritmo na primeira parte, tendo mais condições para a fase final. Soube aproveitar as oportunidades e também o cansaço das adversárias para completar em primeiro o percurso, fechando os 42 km com 2:37:40 e vencendo pela primeira vez a prova.
“Estou muito feliz com o resultado. É somente minha segunda vez em provas assim. A primeira oportunidade foi na China. Foi um desafio, por conta da umidade e dos trechos de sobe e desce. Mas foi uma boa corrida”, comemorou a etíope.
Brasileiros comemoram top 5
Giovani dos Santos, quinto colocado entre os homens, e Viviane Amorim, que ficou na quarta colocação, foram os melhores brasileiros na disputa. Eles comentaram sobre as dificuldades e desafios dos 42 km da prova, mas ressaltaram de forma positiva o top 5 na classificação final.
“A maratona é uma prova difícil e muito exigente. Tem que estar bem preparado, mas todo mundo sente o ritmo, a distância e a umidade. Estou feliz com o quinto lugar, ainda mais depois de dois anos sem a realização dessa prova, já que a pandemia nos tirou essa alegria, mas agora os eventos estão voltando e isso é ótimo para nós atletas”, contou Giovani dos Santos.
“Estou voltando de uma lesão séria, e dei meu máximo na prova. Então, para mim foi uma prova de superação e conquistar o quarto lugar na disputa é muito bom, ainda mais depois de uma lesão. Foi bem bacana sentir de novo a alegria do público no trajeto. Acho que todo mundo que gosta de corridas de rua sentiu falta desse contato, dessa energia que as provas levam para as ruas”, declarou Viviane Amorim.
Resultados – Top 5
Masculino
1, Tilahun Abebaw Nigussie (ETI) – 2:18:04
2. Asefa Bekele, (ETI) – 2:19:16
3. Bernard Kipsang, (QUE) – 2:20:30
4. Petro Mamu Shaku (ERI) – 2:20:32
5. Giovani dos Santos (BRA) – 2:20:58
Feminino
1. Kebebusch Yisma (ETI) – 2:37:40
2. Etalem Terefe Tesfaw (ETI) – 2:43:19
3. Vivian Kiplagati (QUE) – 2:47:15
4. Viviane Amorim(BRA) – 3:03:35
5. Raisa Marcelino (BRA) – 3:05:21
Fonte: release Yescom / Fotos: Fernanda Paradizo