Munique, a capital da Baviera, é a terceira maior cidade da Alemanha. É sem dúvida muito bonita, cheia de parques e, pela sua história, vale a pena ser conhecida. Como nas demais cidades do país, os alemães são bastante cordiais e atenciosos com os turistas, o que torna ainda mais prazerosa a permanência por lá.
No dia 14 de outubro, Munique promoveu um dia inteiro de paralisação do trânsito de suas principais ruas, avenidas e praças, que ficaram ocupadas por corredores de três provas: maratona, meia e 10 km.
Há algumas curiosidades nesse evento (www.muenchenmarathon.de). Por exemplo, a maratona começa às 10h20, a de 10 km às 10h40 e a meia às 13h. O circuito para a maratona e para a meia-maratona é o mesmo, mudando apenas o local de início. O trajeto é quase todo plano, complementado por aclives e declives leves que não atrapalham o ritmo dos corredores. Há lugares bonitos, como o centro velho, e com bastante gente estimulando os corredores, mas também outros desertos com avenidas longas, retas e monótonas. Apesar disso, o percurso é bastante favorável para recordes pessoais.
Houve farta distribuição de água, energéticos e frutas pelo percurso. Contudo, a emoção maior desta corrida é o seu final, já que ela termina dentro do estádio de futebol, no Centro Olímpico. E, dentro do estádio, novamente, fartura de frutas, água e isotônicos. E o mais interessante: abundância de ótima cerveja, distribuída em copos de 700 ml. É óbvio que não dá para resistir…
Participaram 6 mil corredores na maratona, 5.300 na meia e 3.200 nos 10 km. Outra curiosidade é que não há representantes de países africanos nestas corridas, provavelmente porque a premiação não compense. Além disso, a maratona de Munique tem como concorrente a de Berlim, acontecida duas semanas antes com 40 mil participantes.
Como de hábito, participei da meia-maratona – a 27ª fora do país – e completei o percurso em 2h08. Desta vez, levei um belo susto: na véspera, quando fui retirar o kit, soube que a minha inscrição não estava confirmada e que não havia chances de conseguir inscrição. Procurei um dos diretores da prova, dei a ele um exemplar da CR e disse que faria um artigo para a revista. Ao meu lado, meu genro, Andrew Cordery, habilmente o informou que a minha inscrição não havia sido confirmada e que eu perderia a viagem, vindo do Brasil. Felizmente, esse diretor tomou a frente e resolveu meu problema. O "jeitinho" alemão funcionou e me aliviou de uma grande decepção.
Não indicaria Munique como primeira opção para quem nunca ou raramente correu fora do Brasil. A Meia de Berlim, dia 7/4, (www.berliner-halbmarathon.de), que corri 3 vezes, é a mais emocionante de todas que conheço. As inscrições acabam rapidamente, como aconteceu no mês passado com as da maratona da capital alemã, encerradas em apenas 3h30. E eram 40 mil vagas! Existe ainda outra prova muito concorrida na capital alemã, que é a Berlim 25 km, dia 5/5 (www.berlin-laeuft.de).