Dia 9 embarcamos para lá e no sábado, além de fazermos alguns passeios pela cidade, fomos retirar nossos kits. Na sacola havia uma camiseta, chip, número, informativos sobre a maratona e alguns brindes dos expositores. Um enorme painel com o mapa do percurso da maratona e também um cronômetro com a contagem regressiva para a largada atraía a todos para uma foto de recordação! Do outro lado, um balcão aguardava por você para personalizar sua camiseta, contida no kit, com seu nome! Tudo de graça!
Ao lado, um painel com a foto de alguns corredores que participariam do evento, já que no site você poderia encaminhar sua foto para estar nesse painel, além de preparar convites para mandar aos amigos como se fosse um "clip musical" do seu treinamento para a Maratona de Buenos Aires! Simplesmente fantástico e que serve de idéia para nossos organizadores.
À noite, uma chuva torrencial pegou todos de surpresa, já que o dia inteiro fez sol e calor! A chuva entrou pela madrugada, parando somente momentos antes de amanhecer o grande dia!
Acordamos às 4h e saímos do hotel às 5h45. Uma dificuldade que tivemos foi conseguir táxi. Mesmo assim, chegamos a tempo em Belgrano, local da largada e chegada, que fica bem pertinho do estádio do River Plate, onde tinha acontecido ali, na tarde anterior, a sofrida vitória da Argentina sobre o Peru, pelas eliminatórias da Copa de 2010.
NO DIA, CLIMA FAVORÁVEL. Em torno de 4 mil corredores participaram da maratona e outro tanto da meia, naquela manhã de domingo, com céu nublado e um ventinho agradável. A largada para as duas provas foi dada pontualmente às 7h30! Começava ali uma verdadeira festa! Até o pórtico de largada só conseguíamos andar mesmo, mas logo que pisamos no tapete de controle dos chips, já começamos a correr. Todas as arquibancadas montadas para o público estavam lotadas! E quanto mais nos aproximávamos do centro da cidade, mais famílias apareciam nas calçadas, com cartazes, pompons e faixas, para prestigiar, aplaudir e oferecer gritos de incentivos a todos os corredores.
A marcação de quilometragem estava perfeita, tanto em km quanto em milha. Chegando no 7 km, na Ricoleta, começou uma chuva forte. Na esquina seguinte, o primeiro palco dos 4 que haveria pelo percurso, com um grupo tocando tango e um casal dançando! Uma verdadeira injeção de adrenalina que, certamente nesses momentos, a maioria que estava correndo por ali por perto tinha que se conter para não quebrar o ritmo de corrida e ter de pagar mais na frente!
Todos os postos de hidratação, colocados a cada 5 km, tinham água em abundância, servida em garrafas de 500 ml. Mais que o suficiente para se hidratar, lavar o rosto e continuar a corrida! Sem contar as bananas, passas e laranjas que também eram servidas à vontade! E entre os postos de água havia também de Gatorade. Apenas considero que o abastecimento deveria ser com intervalos menores depois do km 30, como a Contra-Relógio, aliás, vem sugerindo aos nossos organizadores.
No km 9 os percursos das duas provas se separavam. Começou a bater de frente um forte vento gelado! A sensação era que a temperatura havia simplesmente despencado! O frio começou a incomodar muito, mesmo assim mantive o ritmo e fui curtindo a paisagem! Passamos pelo Hipódromo Argentino, Obelisco, Plaza de Mayo, Casa Rosada, Sal Telmo, La Boca, ao lado do estádio La Bombonera do Boca Juniors e entramos em Puerto Madero. Neste momento, passados 21 km, já estávamos em sentido contrário ao vento, rumando ao local de chegada, o que melhorou o incômodo do frio, também porque o sol apareceu.
Quanto mais nos aproximávamos da chegada, mais gente havia nas calçadas! É incrível como os argentinos possuem o espírito de incentivar os atletas, porque nem mesmo a chuva do início da prova afugentou essas pessoas. Completei minha 26ª maratona no tempo líquido 3h58 e Andrea em 2h40 a meia.
Mais informações www.maratondebuenosaires.com e sobre outras provas na América do Sul e Central no site www.adidasla.com/carreras
Renato e Andréa Lopes são assinantes de Brasília