Notícias zDestaque Centro Tomaz Lourenço 17 de novembro de 2021 (0) (494)

Maratona do Rio tem 2.422 concluintes nos 42 km e 15,2 mil no total das quatro provas

A Maratona do Rio realizada neste último fim de semana voltou em grande estilo, depois de não ocorrer em 2020, mantendo-se como um dos principais eventos de corrida no Brasil. O total de concluintes nas quatro distâncias chegou a 15,2 mil, o que equivale à metade do verificado na última edição, mas é um número surpreendente, considerando que estamos ainda sofrendo os efeitos de uma pandemia devastadora.

Apesar de dar nome ao evento, como sempre o menor número de participantes é na distância de 42 km, uma característica de outras corridas semelhantes no país. Assim, foram 2.422 na maratona (7.563 em 2019), 6.293 completaram os 21 km, 2.803 os 10 km e 3.706 os 5 km. Estão incluídos nessa totalização os 537 participantes que fizeram o Desafio, ou seja, correram a meia no domingo e a maratona no feriado do dia 15 de novembro.

Para 2022, a tendência é que se volte à normalidade, com mais de 30 mil corredores cruzando as linhas de chegada no Rio e talvez com os maratonistas sendo novamente mais de 7 mil concluintes, confirmando a maratona carioca como a maior da América do Sul. Como tem acontecido normalmente no feriado de Corpus Christi, a data provável no próximo ano é dia 19 de junho (5, 10 e 42 km), com os 21 km na véspera.

Apenas como referência, a Corrida de São Silvestre, que também volta a acontecer neste final de ano, teve em sua última edição (2019) por volta de 30 mil passando pelo pórtico de chegada na Avenida Paulista, número que deverá talvez ser reduzido à metade, mas retornando com força total em 2022.

NENHUMA MARATONA “PURA” NO BRASIL. Quando se fala de maratona logo se lembra de Nova York, Paris, Boston, Berlim, entre outras. A diferença para as nossas provas de 42 km, é que lá fora essas famosas são exclusivamente na distância de 42,2 km, não acontecendo outras corridas juntas.

Daí serem chamadas de maratonas “puras”, ou seja, envolvem apenas participantes que lá estão para enfrentar a famosa distância surgida na Grécia. Como o nome maratona tem uma grande força, relacionado a desafio e superação, acaba sendo usado por muitos organizadores, inclusive até em provas que nem incluem os tais 42 km.

Aqui na América do Sul a única exceção é a de Buenos Aires, no segundo semestre, que já foi realizada por alguns anos junto com uma meia-maratona, mas cresceu tanto que decidiu separar as duas provas, com sucesso em ambas. No Brasil, pelo menos entre as maratonas oficiais, com percurso aferido, nenhuma é “pura”, acontecendo mais uma, duas ou até mesmo três (como no Rio) corridas conjuntas, fazendo com que os números totais sejam grandiosos e a arrecadação com as inscrições igualmente significativa.

A enorme participação de brasileiros em maratonas no exterior tem muito a ver com temperaturas frias e percursos planos, as duas principais características favoráveis a resultados rápidos, mas também com o fato de se participar de competições em que todos lá estão com a mesma meta: enfrentar e superar os 42,2 km. Dessa forma, não se sentem desvalorizados ao serem apenas parte (minoritária, geralmente) do evento, em que por vezes todos recebem a mesma medalha de concluinte, independentemente da distância completada.

Foto: Fernanda Paradizo / Contra-Relógio

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