Prova portuguesa teve 3.762 concluintes nos 42 km, com 135 brasileiros, e já tem data para a 17ª edição em 2020: dia 8 de novembro

André Savazoni | andre@novosite.contrarelogio.com.br

A 16ª edição da EDP Maratona do Porto foi disputada em uma manhã nublada e com temperatura agradável para correr, no dia 3 de novembro passado, tendo domínio etíope na elite. Deso Gelmisa venceu com 02:09:08, seguido pelo queniano Victor Kiplimo, com 02:10:56. O pódio masculino foi fechado pelo etíope Debele Belda, com 02:14:22. Na competição feminina, a primeira atleta a completar a maratona foi a etíope Bontu Bekele Gada, com 02:33:38, seguida das compatriotas Mestawot Tadesse e Genet Getaneh, com 02:39:14 e 02:40:59, respectivamente.

O evento contou com corredores de 78 países do mundo, de acordo com a organização. No total, com base nos resultados oficiais, foram 3.762 concluintes nos 42 km, sendo 135 brasileiros. Nos 15 km, foram 2.276 concluintes, com 86 brasileiros. Somando as duas distâncias (os 6 km não têm classificação), 221 corredores do Brasil.

O carioca Marcelo Rezende de Magalhaes Gomes esteve na Maratona do Porto. “Inscrição fácil de fazer e em valores bem acessíveis, além de ter as distâncias menores de 6 km e 15 km que ajuda a ter mais interessados (amigos/familia) na hora de planejar a viagem. Voos diretos de SP e do Rio para o Porto. Acabei optando por um hotel que não era conveniado com a prova (tem a lista no site, com diversos preços). Mas recomendo fica neles, pois o que economizei na diária não compensou, já que não tive o café pré-prova antecipado e nem o transporte. Optei então pelo Uber, pois de metrô dava mais de 1h. A feira foi na sexta e sábado. Ainda pequena, mas bem organizada e animada. Poucos produtos, mais a divulgação de outras provas. O estande maior é da Joma que tinha inclusive um tênis oficial da prova. Tem o almoço de massas bem legal no sábado (3 euros para inscritos e 6 euros para os acompanhantes), com show de fado e palestras”, explicou Marcelo.

De acordo com o assinante, a largada e a chegada ocorrem na região do Parque da Cidade, em Matosinhos. “Antes de irmos pra largada estava bastante frio e vento, com isso, a organização disponibilizou café, chá e uns lenços para o pescoço. Largada por baias, separadas por elite, kit vip, currais A, B e C. Eu estava no B e o fiscal conferiu o meu número do peito, mas não me pareceu 100% rígido o controle. Largamos em direção à cidade de Matosinhos e passamos novamente na largada no km 12. Esse trecho tem subidas e descidas, nada acentuado, em algumas ruas se corria apertado, principalmente nas que eram de ida e volta. Além de trechos em paralelepípedos”, disse Marcelo. “A galera dos 15 km já pegava o retorno e a maratona seguia margeando o Douro, isso do km 12 até o 20 aproximadamente. Trecho plano, mas não todo de asfalto, o que me incomodou. Aqui se corria tranquilo, pouca gente na rua, sem vento, para mim particularmente foi o trecho que me senti melhor, sem fazer força, mantendo o ritmo e com uma paisagem maneira. A maior subida da prova é quando se entra pra Vila de Gaia, uns 300 metros, na alça de acesso, por outro lado, um local já com bastante gente na torcida. Em Gaia mais alguns ‘sobe e desce’ e piso irregular.  Fomos uns 5 km e depois voltamos, novamente uma ponte para subir perto do km 30”, analisou o carioca.

Então, o trecho final da maratona ocorre no Porto, tendo novamente a beira do Douro como “companheira”. “A chegada não ocorreu exatamente no local de largada, mas sim uns 500/600 m depois, com isso, tivemos de encarar uma bela subidinha, mas por outro lado, em tapete vermelho para ficar bacana a foto”, brincou Marcelo. “Hidratacão de 5 em 5 km, garrafinha pequena, o que dava para levar de boa na mão. Depois da metade, ainda entregaram frutas, marmelada e isotônicos nos postos. Pós-prova bacana na arena. Kit lanche, Super Bock liberada (a cerveja local) e camiseta Finisher. Para quem era da inscrição Vip, ainda tinha mais regalias, incluindo almoço. Em resumo: prova no exterior que podemos considerar barata, Portugal é um belo lugar para se visita e o Porto em si, muito bonito. Prova bem organizada, evento bacana, mas aí claro que tem o meu viés por ter quebrado, mas achei o percurso mais duro do que pensava. Quero voltar um dia.”

Confira os resultados completos em www.maratonadoporto.com/pt/resultados-2019/.

A edição de 2020 já está marcada para o dia 8 de novembro.