Notícias zMais notícias Fernanda Paradizo 4 de março de 2024 (0) (750)

Tóquio: Aline Rocha é a primeira atleta cadeirante do Brasil a receber a Six Medal Finisher


A paratleta paranaense Alice Rocha viveu um momento especial na Maratona de Tóquio, disputada no domingo (03/03). Além de garantir a 5ª colocação geral entre as atletas cadeirantes na prova, a brasileira recebeu ao final da prova a medalha de Six Star Finisher, concedida a todos os corredores que terminam as seis maratonas do circuito World Marathon Majors, composto pelas Maratonas de Tóquio, Boston, Londres, Berlim, Chicago e Nova York. Aline é a primeira atleta brasileira cadeirante a receber a tão sonhada mandala. 

Atual recordista brasileira de maratona em cadeira de rodas (1:39:38 na Maratona de Berlim 2023), Aline começou a participar das Majors em 2016, quando correu em Londres. Mas foi em 2018 que entrou definitivamente para o circuito, quando fez todas as provas num mesmo ano, exceto Tóquio, a única que faltava no currículo para receber a sonhada mandala.

“Desde então eu tentava uma vaga para Tóquio, mas, por ser uma prova muito restrita no número de participantes e não conseguir o convite, fiz a inscrição como atleta cadeirante geral e paguei. Quando vi que fui aceita, mandei um e-mail para a organização com meus dados e resultados e pedi para correr junto com a elite. Eles aceitaram e mudaram minha numeração”, conta a atleta.

“Foi uma ótima prova, com um bom percurso. Terminei em 1:44 e em quinto lugar. Estou muito feliz com o resultado. E a mandala é o sonho de todo maratonista. É muito emocionante poder finalmente concluir o ciclo. A mandala significa muito, cada treino dedicado para cada maratona, cada prova concluída. É a recompensa de todo nosso esforço e dedicação.”


Com 17 participações em provas do circuito Majors, onde conseguiu vários resultados entre as Top 5 e até um Top 3 na Maratona de Berlim em 2021, Aline recebeu das mãos de Michelle Weltman, organizadora da categoria paralímpica da Maratona de Londres e principal responsável pela equidade de premiação em Londres entre andantes (elite convencional) e cadeirantes (veja aqui a matéria), a medalha das Six Majors. “Isso foi muito significativo. Foi um bônus que tornou esse momento ainda mais emocionante e inesquecível”, disse ao final da prova Fernando Orso, treinador de esportes paralímpico e também esposo da atleta.

Aline embarca agora para a disputa da Copa do Mundo de Ski Cross Country, no Canadá, e depois segue os treinamentos para as próximas maratonas, que serão Boston e Londres, ambas em abril.

“Boston é uma oportunidade para conseguir garantir o índice para os Jogos de Paris, que é de 1:36. Depois ainda tenho algumas provas de pista, que também são uma possibilidade”, conta a paratleta.

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