POR ADRIANA SCHWARTZ

Logo após concluir a Maratona de Tóquio em 2023 e ganhar a mandala de Six Star Finisher World Majors Marathons, fui convidada para participar do “Age Group World Championship 2024”, competição anual em alguma maratona Major, para corredores com 40 anos ou mais que se classificam por meio de índices.

Quando anunciaram que o evento aconteceria na Maratona de Sydney, logo pensei que seria uma ótima oportunidade para correr em um lugar diferente e, principalmente, conhecer a Austrália junto com meu marido Renato, companheiro de corridas e viagens. Decidimos nos inscrever, programando nossas férias com antecedência, por se tratar de uma viagem complexa.

E não teve erro: a experiência foi boa demais!

Sydney é candidata à sétima Major. Por isso, investiu bastante na prova deste ano, que reuniu cerca de 20 mil participantes – número recorde –, além de contar com parcerias relevantes, como Asics, TCS, GU, Scholl e Shokz.

Como em toda a maratona, a experiência começou dias antes, na feira para a retirada do kit.

A expo foi realizada em um centro de convenções bem amplo, localizado na área central da cidade, de fácil acesso, com a entrega muito bem organizada e rápida. Entretanto, com poucos expositores, considerei fraca e decepcionante.

O próprio estande da Asics ficou muito a desejar – fomos no primeiro dia (5ª feira) à tarde e já haviam esgotados os casacos da prova. Poderiam ter aproveitado mais a oportunidade para caprichar nos produtos oficiais.

Chegando no domingo – dia da prova – tivemos que considerar na logística que os locais de largada e chegada da prova aconteceriam em locais diferentes.

Neste sentido, os corredores que optaram por utilizar o guarda-volumes deveriam entregar sua sacola identificada na feira – não houve recebimento no dia da corrida, exceção feita aos 1800 participantes do campeonato mundial.

Havia uma área especial destinada ao pessoal do Age Group, em que pudemos entregar nossa sacola, utilizar banheiros, aquecer e esperar o momento da largada, que aconteceu logo após os corredores da elite.

Ambas as largadas – age group e geral – funcionaram muito bem, com bastante organização e sem nenhum tumulto. O acesso ao local também é bem tranquilo, com transporte público gratuito.

A hidratação atendeu muito bem, com postos de água e isotônico a partir do km 5, a cada 2,5 km, muitas vezes em ambos os lados da rua, além de distribuição de gel de carboidrato em dois pontos.

O percurso desafiador, com bastante sobe e desce e muitas curvas – cerca de 320 m de subida e 400 m de descida –, é lindo, passando por vários pontos turísticos da cidade, como a Sydney Harbour Bridge, The Rocks, Centennial Park, Museum of Contemporary Art, Sydney Cricket Ground, Hyde Park, Royal Botanic Garden, com chegada mais que especial na Sydney Opera House.

Apesar de trechos com ventos muito fortes, a temperatura entre 10◦C e 16◦C estava perfeita e havia muita gente torcendo nas ruas.

Com as medalhas no peito, posso dizer que adorei a prova! Recomendo muito e creio que tem grande potencial para se tornar uma Major.

Mais ainda, a cidade é extremamente receptiva, com muitas opções de passeios nos arredores, praias, restaurantes e bares e merece ser visitada com tempo. Após a prova, aproveitamos para relaxar e fazer turismo por mais duas semanas pela Austrália.

Veja também “20 anos maratonando pelo mundo”

* Adriana Schwartz é publicitária e corredora desde 2003. Tem 24 maratonas completadas, 3 ultras e é Six Star Finisher.