12 de dezembro de 2025

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Maratona de Sydney: a nova Major que transformou a Austrália em destino dos corredores

Sim, a Austrália é muito longe! Mas vale cada hora sofrida nas 15 horas de voo direto de Santiago do Chile, a melhor opção até Sydney, país que é o próprio continente, a Oceania.

Você precisará de visto, que é solicitado no site https://immi.homeaffairs.gov.au, sendo importante já enviar a comprovação de renda e confirmação de inscrição para evitar pendências para a aprovação. 

Sugiro, também, tirar o visto de trânsito para a Nova Zelândia, em caso de alteração de voo, como aconteceu com alguns brasileiros.

A maratona de Sydney tornou-se candidata a World Marathon Major (WMM) em 2022, quando tinha aproximadamente 4.500 concluintes. Investiu bastante para cumprir os diversos requisitos para aprovação no seleto grupo das Maratonas de Tóquio, Boston, Londres, Berlin, Chicago e Nova York.

Em 2024, sediou o campeonato do Age Group, onde maratonistas de todo o mundo, qualificados em suas faixas etárias acima de 40 anos de idade, como Nilson Lima, José Eduardo Garcia, Adriana Silva, Tatiana Valério e outros brasileiros foram convidados a participar da prova provisional e já garantirem uma estrela, se a Maratona de Sydney “passasse no teste para entrar no clubinho das Majors”.


Em 2025, já aprovada, a prova teve 35.000 inscritos através de sorteio ou pacotes com hospedagem e inscrição garantida oferecidos por Agências de Turismo credenciadas (Kamel, Rent a Tour, Biarritz e Travelmarathon) e caridade às instituições indicadas no site da prova.

A prova anunciou que aproximadamente 4.000 corredores que já receberam a desejada mandala das WMM, como eu, se inscreveram para obter mais uma estrela. Nos planos da organizadora do “clubinho”, estão as Maratonas de Cape Town, na África do Sul, e que sediará o campeonato do Age Group em 24 de maio de 2026 e a participação já garantirá mais uma estrela, e a Maratona de Xangai, na China, que ainda está em processo de aprovação no “clubinho”.

Nada muda em relação à conquista da atual belíssima mandala da WMM e não há informações sobre uma segunda mandala. Mas o evento fez com que cidades como Tóquio e Sydney fossem consideradas como destino de férias, além da corrida, apesar da distância.

A prova enviou diversos e-mails com instruções aos inscritos nas semanas anteriores, além do QR Code para facilitar a retirada do número da prova.

A Expo, de 5ª feira até sábado, no International Convention Centre,  teve muitas filas no primeiro dia e a temida disputa da jaquetinha da prova, como ocorrido na Maratona de Tóquio, ambas patrocinadas pela ASICS. Infelizmente, até alguns que compraram antecipadamente pelo site da prova receberam e-mails comunicando o cancelamento pela falta de estoque. Mas até sábado era possível encontrar a jaqueta na Expo.

O tamanho da Expo era bom comparado às demais Majors e encontramos stands de artigos esportivos e nenhuma outra marca concorrente da patrocinadora ASICS. O acesso ao local é muito fácil e conveniente, como o deslocamento por Sydney, que tem ampla rede de metrô e trens.

A sacola transparente para colocar os pertences a serem retirados após a prova no guarda-volumes deveria ser entregue na Expo, na sexta ou sábado, pois não havia guarda-volumes na largada da prova.

Em alguns locais da cidade, viam-se banners com a foto do ex-recordista mundial Eliud Kipchoge, o ilustre convidado junto a Sifan Hassan. Pela cidade era fácil identificar corredores de diversas nacionalidades pelas camisetas e jaquetinhas de corrida.

No sábado, ocorreram as provas de 10 e 5 km, uma excelente opção para os acompanhantes, que cruzaram o mesmo pórtico de chegada da maratona.

A maratona teve largada com temperatura de 9 graus, em 3 ondas, às 6h30, 7h e 7h40, e um efetivo controle de entrada nos “currais”.

A prova teve muitos pacers de 2:40 até 7:00 de conclusão da prova, sendo o limite de 7 horas para a conclusão da prova a partir da última onda.

O percurso é desafiador pelo constante sobe e desce, passando por vários pontos turísticos e chegando no icônico Ópera House.

A medalha da prova é uma das mais bonitas das 201 da minha coleção. E, após a área de dispersão, viam-se muitos corredores sentados sobre a grama aproveitando o sol e a temperatura de 14 graus.

A prova foi vencida pelo etíope Hailemaryam Kiros, com 2:06:06. Eliud Kipchoge foi o nono colocado, com 2:08:31, aos 40 anos, confirmando que a idade pesa não apenas para mim. A holandesa Sifan Hassan confirmou o favoritismo e venceu a prova feminina em 2:18:22.

Sydney não é a capital da Austrália, que é Camberra. A cidade é belíssima, super segura, com arranha-céus incríveis e prédios antigos e bem conservados.

Da mesma maneira que não existem arara azul e onça pintada pelas ruas do Rio de Janeiro, para ver canguru e coala você precisa ir ao zoológico ou ao Featherde Sydney Wildlife Park.

Você encontrará muitos restaurantes asiáticos e uma diversidade de nacionalidades pela cidade.

Por estar no mesmo hemisfério que o Brasil, as estações do ano são as mesmas. Por ainda ser inverno, o dia apresentava manhãs e noites frias e um solzinho gostoso ao longo do dia.


O passeio pelo Opera House, caminhar pela Harbour Bridge, onde passamos correndo na maratona, apreciar a vista panorâmica na Sydney Tower Eye, sentar em um dos bonitos restaurantes ou tomar um sorvete na Darling Harbour, fazer um passeio de barco pelo porto, conhecer as praias de Bondi e Coogee já farão sua viagem valer a pena, além da maratona que já “estreiou” com mérito para ser uma Major!

As inscrições para o sorteio da prova de 2026 será de 24 de setembro a 17 de outubro. Não perca essa oportunidade!

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