
para as 4 distâncias e meia banana
A Maratona de Montevidéu completou 10 anos, mas apresentou erros que demonstram que a organização não se preparou adequadamente para atender o crescimento da prova após se tornar uma das Mega Finishers.
Todas as distâncias dobraram o número de inscritos, que teve 2.013 concluintes na meia maratona e 1.174 na maratona, possivelmente, interessados em “pontuar” para a conclusão das 5 provas, também em Assunção, Lima, Buenos Aires e Brasília.
E, em 2026, teremos a inclusão da Maratona de Santiago, no Chile. Quem já iniciou a jornada, como eu, Luiz Antonio, meu marido, Diego Guerine e o mestre Nilson Lima, terá que escolher receber a “mandala” com 5 ou 6 cidades.
As bonitas “mandalas” criadas motivaram corredores de toda a América do Sul e o crescimento destas provas foi imediato.
Com muitas opções de voos, hospedagens e aproveitando o feriado do Dia do Trabalho, quinta-feira, 1º de maio, muitos brasileiros se inscreveram nas provas.
A entrega do kit, no espaçoso prédio da prefeitura, de quinta a sábado, já indicava problemas: uma burocracia adicional para mostrar o atestado médico e um formulário com dados pessoais e endereço, já indicados no site da prova quando da inscrição.
Somente 3 staffs conferiam os dados no computador, carimbavam os formulários e nos direcionavam para a fila dos 42, 21 ou 10 km.
Somente um staff para a entrega do kit do 42 e 10 km e 2 staffs para entrega do kit do 21 km, camiseta PP e P masculina não disponível e o tamanho M masculino já esgotado no primeiro dia.
A “Expo” tinha somente um stand vendendo alguns artigos esportivos, manguito e buff com a logo da prova e um porta-medalha de madeira.
Um stand oferecia gravação do nome na camiseta, pago à parte, e um stand oferecia teste de palmilhas. Só isso.

No dia da prova, na largada, um palco enorme com professores ensinando dancinhas com músicas uruguaias (foto acima).
Não houve separação por maratona/meia maratona ou por “pace” para a largada, que começou 6 minutos atrasada, com temperatura de 16 graus.
O percurso é desafiador, com muitas subidas e descidas, sobretudo nos primeiros 20 km da maratona, que apresentou uma dificuldade adicional: nenhuma hidratação até o km 14, onde ofereceram somente o isotônico Powerade em garrafa de 600 ml.

Havia marcação dos quilômetros em apenas alguns pontos e só ofereceram água no km 20, quando seguimos pela orla até a chegada da prova.
Os uruguaios corriam e caminhavam pelo calçadão da orla sem qualquer interesse pelo evento que ocorria na pista ao lado.
Na chegada, a mesma medalha para quem correu 10, 21 ou 42 km e, para “zoação” dos brasileiros, meia banana!
O circuito sul-americano Mega Finisher precisa de ajustes importantes em respeito aos corredores interessados em concluir o desafio criado.
Os campeões dos 42 km foram Nicolás Espinosa, no masculino, e Natalie Bengoa, no feminino. O melhor brasileiro na prova foi Luiz Márcio Ramos, que completou o pódio masculino na terceira colocação geral.