Notícias zDestaque Centro Fernanda Paradizo 4 de outubro de 2021 (0) (181)

Maratona de Londres: 5º e 7º lugares para o Brasil e campeões suíços na categoria cadeirantes

Vanessa de Souza (BRA), Aline Rocha (BRA) e Shelly Woods (GBR) na saída do túnel saída do túnel Farringdon
(Foto: Ben Queenborough for Virgin Money London Marathon)

As brasileiras Aline Rocha e Vanessa Cristina de Souza mais uma vez conseguiram um ótimo resultado numa Major. Depois do 3º e 5º lugares, respectivamente, conquistados uma semana antes em Berlim, as duas paratletas ficaram na 5ª e 7ª posições na Maratona de Londres, disputada no domingo (03/10).

>> Confira aqui matéria sobre a Maratona de Berlim

“Foi uma prova maravilhosa. Cinco minutos antes de alinhar para a largada meu pneu furou, mas por sorte meu técnico, com a ajuda dos técnicos da Suíça e do Japão, trocaram super rápido meu pneu. Só não deu tempo para passar cola, o que fez com que ele rodasse na roda logo no início da prova. Fui assim mesmo e ainda garanti o 5° lugar, que é a minha melhor colocação aqui em Londres”, contou a brasileira, que fechou a prova em 1:50:07.

“Andei em pelotão com outras meninas e a Vanessa, que me ajudou revezando comigo para andar à frente contra o vento. Fiquei muito feliz com minhas duas maratonas, que por sinal vão render uma boa premiação em dinheiro.” Aline agora volta ao Brasil para focar no ski Cross country e na preparação visando os jogos Paralímpicos de Inverno, que acontece em março, em Pequim, China.

Vanessa também ficou feliz com o resultado. “Fiz uma largada mais forte que Berlim. Estávamos no primeiro grupo, mas o ritmo estava muito forte e acabei sobrando junto com a Aline. Fomos até o fim juntas com mais uma atleta inglesa e definimos as posições no Sprint final”, comemora a atleta, que ficou na 7ª posição e fechou os 42 km com 1:50:13.

Ela destacou ainda que o vento constante da prova acabou atrapalhando o rendimento e dando a sensação térmica de mais frio.  “Como eu sinto muito as temperaturas baixas, para mim foi um grande desafio. Após o km 10, uma atleta que estava conosco capotou e quase fui junto, fiquei em duas rodas e tive que colocar a mão no chão. Até machuquei um pouco meu dedinho. Apesar de plano Londres tem um percurso ruim para cadeirantes por causa do excesso de curvas fechadas, melhorei meu tempo e posição em relação à minha última participação em Londres em 2019.”

Diferentemente de Aline, que volta ao Brasil, Vanessa segue amanhã, terça (05/10), para Estados Unidos para participar de mais duas Majors: Chicago no dia 10/11 e Boston, que acontece no dia seguinte (11/10). “Será a primeira vez que corro em Chicago. Já Boston corri duas vezes.”

Mais uma dobradinha suíça, dessa vez em Londres

Manuela Schär (SUI) celebrate na linha de chegada após vitória
(Foto: Bob Martin for Virgin Money London Marathon)

Os suíços Manuela Schär e Marcel Hug foram mais uma vez os campeões, repetindo o resultado de Berlim.

Schär estabeleceu um novo recorde de percurso em Londres, finalizando os 42 km em 1:39:52, e faturando o tricampeonato da prova.

Na edição de 2020, a paratleta suíça havia ficado a apenas 1 segundo do recorde. “Ter ficado 1 segundo no ano passado foi uma verdadeira motivação para voltar e fazer melhor este ano,” disse Schär, campeã olímpica nos 800m em Tóquio e que tem ainda pela frente mais duas maratonas.  “Vou fazer Boston e depois Nova York e espero poder vencer os quatro.”

Schär terminou quase 5 minutos à frente das adiversárias.  O alemã Merle Menje, de apenas 17 anos, foi a 2ª colocada, 1:44:51. Menje ganhou a 2ª posição no sprint final da americana e tetracampeã da prova Tatyana McFadden, que ficou em 3º lugar, também com 1:44:51.

Marcel Hug (SUI) na linha de chegada no The Mall (Foto: Bob Martin for Virgin Money London Marathon)

No masculino, o suíço Marcel Hug também venceu com recorde do percurso. Ele escapou do campeão de 2019, o americano Daniel Romanchuk, na metade do percurso e venceu com 1:26:27 pela terceira vez a prova. Romanchuk foi o 2º, com 1:27:29, seguido do alemão David Weir, em 3º, com 1:31:33.

“É um percurso fantástico, o que significa muito para mim, especialmente depois deste ano incrível”, disse Hug. “É fantástico eu ter estabelecido o novo recorde, principalmente agora que estou entrando em um período agitado. Vou para casa por dois ou três dias antes de Chicago e Boston.”

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