Notícias Redação 30 de agosto de 2023 (0) (1486)

Maratona de Goiânia EM Movimento: corrida raiz, para quem gosta de percurso e clima desafiantes

A cidade de Goiânia recebeu no domingo (27/08) a 10ª Maratona de Goiânia EM Movimento e a 13ª edição da meia. O evento, que foi criado para celebrar o Dia Nacional da Conscientização sobre a Esclerose Múltipla (EM) e é organizado pela Ice Sports, ofereceu também a opção de provas de 5 km e 10 km.



A maratona, que tem o Permit Ouro CBAt, faz parte do Ranking Brasileiro de Maratonistas 2023 (organizado pela CR desde 1995), cujos resultados serão computados na próxima parcial. 

O evento teve 687 corredores concluintes nas quatro distâncias, sendo 114 nos 42 km. O campeão foi Jonailton Franca da Cruz, com o tempo de 2:35:24. No feminino, a vitória ficou com Elaine Nascimento Gama, que fechou os 42 km em 3:08:54.

Considerada uma das maratonas mais desafiadoras do país, talvez até a mais difícil hoje em asfalto, Goiânia estreou este ano novo percurso, com largada e a chegada no Paço Municipal, na sede da Prefeitura de Goiânia.

Depois de testar o novo trajeto para os organizadores duas semanas antes do evento – clique aqui para ver a matéria –, o goiano Fernando de Souza da Silva, de 44 anos, completou a sua 30ª maratona, em 4:20:32.

“A largada aconteceu tranquilamente, com um pequeno atraso de uns 9 minutos. Realmente essa Maratona de Goiânia é temida. Conversei com atletas que vieram do estado de TO, SP e RS e todos foram unânimes em classificar essa como a maratona mais desafiadora do Brasil, pois ela alia o combo perfeito de dificuldades: clima seco, muito quente e muitas descidas e subidas bem íngremes”, conta Fernando, que duas semanas antes já tinha sentido na pele o que o esperava pela frente.

Mauro (à esquerda) e Fernando com a medalha



“Um ponto muito positivo foram os postos de hidratação. A cada 2 km havia um. No km 28, a organização ofereceu Coca-Cola, que foi muito bem-vinda. Senti falta de um isotônico ou quem sabe um amendoim salgado. Por conta do nosso clima esses itens cairiam muito bem.”

O maratonista observa também o bom trabalho dos staffs, bem prestativos e sorridentes, e o eficiente fechamento das ruas por parte dos guardas e da Secretaria Municipal de Trânsito.

Para Fernando, essa foi a prova mais difícil entre as 30 completadas. “Não me lembro de ter feito uma prova tão dura e desafiadora quanto essa, que é uma prova raiz, não tem grandes patrocinadores, não tem um kit atrativo e a organização preza pelo ato de simplesmente correr. Embora seja uma prova muito desgastante, eu a faria novamente”, comenta o corredor.

Completando sua 24ª maratona em Goiânia, o corredor Mauro Leão diz que a prova teve melhorias em relação à edição passada. “Essa maratona trouxe um percurso desafiador e mais difícil, mas também trouxe algumas melhorias. Pessoalmente, achei o ponto alto o acesso dos carros de apoio de familiares e equipes. Energia que fez muita diferença, tanto com suprimentos, como com palavras de motivação. A organização entregou uma ótima prova, com staffs sorridentes no percurso e segurança. Acho que nunca vi tanto cone na minha vida”, brinca o corredor, que acredita que, com pequenos ajustes, a prova será ainda melhor em 2024. Ele finalizou os 42 km em 4:10:51.

Felipe Alencar no percurso

“A maratona de Goiânia foi a corrida de rua mais difícil que já fiz no Brasil”, diz Felipe Silva de Alencar, 26 anos, de Araguaína, Tocantins. Professor de Educação Física e corredor há 8 anos, essa foi a 7ª maratona no currículo. Ele terminou em 3:26:08 e 1º na categoria 25-29 anos.

“Sabia que o clima e o percurso iam afetar o desempenho. Meu começo na prova foi ótimo, mas logo no primeiro terço começaram as subidas íngremes. A partir dali meu ritmo começou a cair”, comenta o corredor, que passou a reduzir a velocidade para não sofrer tanto nos quilômetros que tinha ainda pela frente. Mesmo assim, Felipe sofreu na parte final. “Eu já estava quebrado. Tentei de tudo, porém o corpo não respondeu. O percurso de subidas e descidas acabou comigo, mas segui e assim completei mais uma maratona.”

Entre os 114 concluintes da maratona e outros tantos nas demais distâncias, a prova teve momentos que valem ser lembrados. Teve o pedido de casamento do corredor Bruno Cattany (foto abaixo, à esquerda). Depois de 3:41:53 de prova ele se ajoelhou para pedir Juliana Damião em casamento. A maratona reservou ainda um final de prova com muitos aplausos ao último colocado, Antonio Carlos de Siqueira Hummel, figura ilustre das corridas locais, que também desafiou todas as dificuldades do percurso para terminar os 42 km em 6:28:42 (1º da categoria 75-79 anos), sendo recebido por Eduarda Assis de Albuquerque Arantes (foto abaixo, à direita), idealizadora do evento e presidente da Associação Goiana de Esclerose Múltipla (AGEM).



PREMIAÇÃO. A maratona, ofereceu premiação em dinheiro para os 5 primeiros colocados da categoria geral (masculino e feminino), além de troféu para os três melhores de cada categoria em todas as distâncias e para os três primeiros colocados entre os Portadores de Esclerose Múltipla. Os campeões gerais receberam R$ 5.000,00.

PRÓXIMA EDIÇÃO. A data da edição de 2024 já está marcada. A prova será no dia 25 de agosto e as inscrições estarão abertas em setembro.

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