20 de setembro de 2024

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Notícias admin 12 de outubro de 2014 (0) (175)

MARATONA DE DUBAI: MAIS FOCADA NA ELITE

Em busca de completar minha 10ª maratona e também continuar com o objetivo de correr uma em cada continente, escolhi Dubai para ser a do continente asiático. Já corri na América do Norte, América do Sul, Europa e esta agora nos Emirados Árabes Unidos.
A escolha por Dubai foi feita, primeiramente, pelo seu percurso completamente plano, por não ter um grande número de inscritos e também para conhecer essa cidade que nos últimos tempos tem chamado a atenção pelas suas construções gigantescas, seus arranha-céus e o fato de tudo lá ser construído para ser o "maior" do mundo.
Como toda viagem que fazemos, eu e minha namorada Catialine unimos a corrida com a parte turística. Em função dos voos diretos de São Paulo para Dubai terem valores muito altos, resolvemos ir via Amsterdã e assim aproveitamos para ficar alguns dias na Europa, na volta, para valer a pena o gasto com a passagem.
Embarcamos na segunda à noite, 20 de janeiro, e depois de quase 30 horas chegamos em Dubai, na quarta, por volta das 6 horas da manhã. Portanto, daria para descansar bem até a prova, na sexta. No mesmo dia fomos até o local de retirada do kit, que era no Madinat Jumeriah, um imenso resort com centenas de quartos e até com um rio artificial no seu interior.
Pela movimentação de corredores, vi que a prova não teria muitos inscritos, sendo possível fazer inscrições para a maratona e para prova de 10 km que acontecem juntas. O que mais estranhei foi não existir uma feira, apenas a retirada do chip, que é descartável e fica na parte de trás do número de peito. Em outro balcão retiramos a camiseta, da marca Adidas, junto com uma sacola com brindes dos patrocinadores.
RETA PARA LÁ E PARA CÁ. A largada ocorreu às 7h, em frente ao famoso Burj Al Arab (hotel em forma de vela de barco). A movimentação era intensa na largada, só que bem maior para a prova de 10 km que tinha o início marcado para as 7h15. O percurso é constituído basicamente de duas retas; você larga e percorre 15 km pela Jumeriah Beach Road, que apesar de ser avenida da praia você não consegue ver o mar, por causa das casas que existem do outro lado. Após percorrer essa reta (que deve ser a maior do mundo, pois não acaba nunca…) você faz o retorno e pega a mesma avenida no sentido contrário.
Exatamente no km 31 você vê a linha de chegada e isso me desanimou um pouco porque eu ainda tinha que ir aproximadamente 6 km para poder retornar próximo a Palm Jumeriah (a ilha artificial em forma de palmeira) e depois voltar para conseguir atingir a chegada. E em todo o percurso praticamente não tem público assistindo.
Coincidência ou não, após esse último retorno, por volta do km 36, o meu ritmo caiu e vi que não conseguiria meu propósito de bater meu recorde pessoal que é de 3:31:13; não tinha mais forças e acabei sucumbindo nos 6 km finais, mas mesmo assim consegui meu 2° melhor tempo em 3:33:54 e 338º na colocação geral.
A premiação é uma das maiores do mundo! Neste ano para os vencedores foram 250 mil dólares e no caso de quebra de recorde mais uma bonificação (de 1 milhão de dólares), atraindo muitos africanos, principalmente etíopes, que têm dominado a prova nos últimos anos. 
A competição é excelente na altimetria, a hidratação também é perfeita e no site existem muitas informações. A temperatura nessa época do ano é perfeita, ficando entre 15 a 23°C. A medalha é simples, mas bonita, sem nenhum patrocínio, apenas com o logo da corrida na frente e lisa atrás.
* RONALDO CODATO é assinante de São Paulo

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