Maratona de Chicago teve disputa épica // Brasileiros dominam pódio em Buenos Aires

A organização da maratona de Chicago reuniu o melhor pelotão de elite masculino de sua história. Nada menos do que 5 atletas tinham tempos abaixo de 2h06 como melhores marcas pessoais e era de se esperar que pelo menos o recorde da competição pudesse ser batido ou quem sabe, o mundial. Na hora da largada, a temperatura estava em torno de 19 graus, com viés de alta.

O pelotão se manteve coeso e após a saída do último coelho, nos 30 km, o etíope Tsegay Kebede foi à frente e passou a puxar o ritmo. O pelotão, que era de cerca de 10 atletas foi se esfacelando até que ficaram só Kebede, seu compatriota Fayisa Lilesa e o queniano Samuel Wanjiru, campeão de Chicago no ano passado. Nesse ponto ficou claro que a estratégia de Kebede era ser agressivo, ou seja, acelerar e se manter na liderança. Wanjiru e Lilesa se esforçavam para acompanhar e não parecia fácil. Em dado momento Wanjiru chegou a ficar na terceira colocação, mas quem desistiu mesmo foi Lilesa, que pareceu se conformar com a terceira colocação, deixando a briga para Kebede e Wanjiru.

Foi então que a prova ficou interessantíssima. Wanjiru se aproximava de Kebede, que voltava a acelerar para manter uma distância que pudesse administrar. Isso se repetiu por pelo menos duas vezes, até que o queniano ficou cerca de 30 metros atrás de Kebede. Foi então que algo aconteceu – Wanjiru se recuperou de tal maneira, que não só anulou a diferença como experimentou a liderança por alguns momentos, mas o etíope parecia irredutível em sua estratégia, e o queniano ficou de novo na segunda colocação.

Mas quando faltava cerca de 1,6 km para a chegada, Wanjiru tentou de novo – anulou a diferença e passou a acelerar fortemente. Kebede acompanhou para não deixar o queniano escapar mas não pode resistir à força de Wanjiru e, finalmente, ficou para trás.

Samuel Wanjiru fechou a prova com 2:06:24, Tsegay Kebede ficou na segunda colocação (2:06:43) e Fayisa Lilesa em terceiro (2:08:10).

Veja como foi sensacional a última parte da prova:

Track and Field Videos on Flotrack

Entre as mulheres a corrida parecia ter ficado apenas entre as etíopes Astede Baysa e Mamitu Daska, mas a russa Liliya Shobukhova, que fazia uma prova de forma progressiva, passou Astede na marca de 35 km, já que a etíope mostrava claros sinais de desgaste. Liliya não só foi bicampeã da prova, como também bateu o recorde nacional russo, ao vencer com 2:20:25. Astede Baysa ficou apenas 9 segundos na frente da terceira colocada, a russa Maria Konovalova, que terminou a prova com 2:23:49.

 

Pouco mais de 36 mil corredores concluíram a Maratona de Chicago. Segundo alguns relatos, a temperatura foi subindo durante a prova e aqueles que terminaram com tempo acima de 3 horas correram com temperatura beirando os 26 graus.

MARATONA DE BUENOS AIRES

O Brasil garantiu nada menos que as três primeira colocações masculinas na Maratona de Buenos Aires: Claudir Rodrigues, que liderou a prova desde a largada, venceu com 2:17:29, Adriano Bastos ficou em segundo (2:17:41) e Marcos Alexandre Elias em terceiro (2:18:28). Com a vitória, Claudir se tornou o campeão iberoamericano de maratona.

No feminino, Rosalba Chacha, do Equador, venceu com 2:37:16, a brasileira Rosangela Pereira Faria ficou com a segunda colocação (2:39:09), seguida de Natália del Carmen Romero, do Chile (2:40:02).

Entre os 5.092 corredores que concluíram a Maratona de Buenos Aires, estava nossa repórter Yara Achoa que, com 3:53:45, conseguiu o resultado que tanto almejava: terminar a maratona em menos de 4 horas.

Confira na edição de novembro da Contra-Relógio a cobertura das Maratonas de Chicago e Buenos Aires, com os resultados de todos os brasileiros.

ASSINE NOSSA NEWSLETTER

É GRATUITO, RECEBA NOVIDADES DIRETAMENTE NO SEU E-MAIL.