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Notícias admin 14 de janeiro de 2013 (0) (97)

Maratona de Chicago: no coração dos seus habitantes

Já estive em Nova York, onde participei da maratona em 2010, mas Chicago realmente tem um charme especial, números tão grandes como a Big Apple e uma prova muito mais gostosa de correr, além de bem mais rápida. A começar pela feira realizada no McCormick Centre, um pavilhão de exposições de dimensões exorbitantes, dentro do qual, além da feira da maratona, mais duas expos de outros segmentos aconteciam simultaneamente.

O acesso à feira feito de metrô, de trem ou através do CTA, uma espécie de trem elevado, tornou o evento acessível não apenas para os 45 mil participantes, mas para 1,5 milhão de pessoas. Dentro dela, todas as marcas de material esportivo de que se tem notícia. E todas elas com produtos licenciados da maratona, o que não é comum.

A largada no Grant Park, com o dia amanhecendo, teve como pano de fundo os prédios do skyline da cidade ainda acesos e com suas janelas decoradas, com mensagens de apoio aos corredores. Depois do hino americano, buzina e pé no asfalto. Ao sair do parque, ainda às 7h30 da manhã, ruas lotadas de uma gente animada e incentivadora, coisa que em NYC só se começa a ver depois do km 5, no Brooklin, e isso porque em Nova York a largada é às 10h. O povo de Chicago acorda cedo para prestigiar seus atletas, e assim permanece até o final da prova, mesmo nos bairros mais distantes (Lincoln Park, Wrigley Field, Chinatown, o Loop).

Em todo o percurso, muita gente e bandas de música, cheerleaders, grupos de dança, baterias, DJs. A passagem no km 20 e a volta ao centro fazem com que o percurso tenha um equilíbrio entre todas as grandes áreas da cidade. Não há um momento em que você se sinta isolado, ou sozinho, coisa que quase todas as maratonas têm, já que entreter por 42 km é trabalho dos mais difíceis. Mas os organizadores atingiram essa meta. A prova é um show e seu encerramento, de volta ao Grant Park, assistido por gente amontoada, tem status de megaespetáculo.

Chicago é uma cidade fascinante e quem corre sua maratona aprende isso. Essa foi a minha oitava e, apesar de jamais haver pensado em repetir uma prova no exterior, deixei a cidade pensando em um dia voltar. E em breve.

Gustavo Maia é assinante de Jundiaí, SP, e completou Chicago em 3h34, junto com outros 307 brasileiros.

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