20 de setembro de 2024

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Notícias admin 11 de julho de 2011 (0) (100)

Maratona de Caracas: a novidade de 2011

Aconteceu, dia 20 de fevereiro, a primeira edição da Maraton CAF – Caracas 2011, em comemoracao aos 40 anos da Corporacion Andina de Fomento, com as distâncias de maratona e meia. A prova principal, que tambem valeu para o Campeonato Ibero Americano de Maratona e ao Campeonato Nacional de Maratona, contou com 3.500 corredores, de mais de 20 paises. Com chancela da IAAF, o investimento foi alto para torná-la uma das grandes maratonas do continente, no futuro.

Houve muitos benefícios para os atletas, principalmente aqueles que optaram por se hospedar no hotel Renaissance, oficial da prova; excelente, bem localizado, e a preço promocional. A retirada do kit aconteceu no próprio hotel, e houve traslado gratuito para a prova. Os atletas de elite também estavam hospedados lá. Como sugestão, faltou apenas um jantar de massas oficial, embora houvesse muitos restaurantes bons por perto, desde italianos, a comidas tipicas como a arepa e a cachapa, feitos de milho possibilitando acumular carboidrato.

A expo da prova possuía diversas atrações, como o stand da CAF, produtos como Nike (patrocinadora) e Garmin, incentivo ao Esporte Paraolímpico, revistas e circuitos locais de corrida. Embora o espaço não fosse muito grande, estava tudo bem organizado, o que permitia que os atletas retirassem seu kit com rapidez.

A prova foi bem divulgada na cidade, com cartazes alertando aos motoristas que buscassem rotas alternativas no domingo, além de mapas espalhados pela capital venezuelana, para que todos pudessem se orientar. Na praça do Obelisco, colocaram até balões grandes, com informações sobre a prova.

A largada foi às 6 horas, no Parque Los Caobos, que se localiza bem no centro geográfico de Caracas. O ceu ainda estava escuro, e a previsão indicava temperatura máxima de 28º e mínima de 16º, com umidade de 75%. O início de prova, quando o céu começou a clarear, foi bem agradável, passando por uma das avenidas principais com uma bela vista das construções da capital. Até caiu uma breve garôa, porém, antes de completar uma hora de prova, o sol chegou implacável.

 

ABASTECIMENTO EXCELENTE. Para minimizar as dificuldades climáticas, a estrutura de abastecimento foi excelente: 17 postos de água e 10 de Gatorade; ou seja, mais de um posto por milha (1,6 km)! (atenção organizadores brasileiros…). A água era distribuída em saquinhos na maioria dos postos, porém com opção de garrafas, em torno da metade da prova. Gatorade em copos. Até onde tive conhecimento, não houve falta em nenhum trecho. Além disso, três pontos de alimentação (frutas e goiabada), e cinco tapetes de controle, com árbitros espalhados, fiscalizando. O isolamento do trânsito também foi perfeito, o que permitiu aos atletas correrem com tranquilidade.

Quanto ao público, considero bem acima do esperado para uma edição inaugural. Desde manhã cedo, havia muitos espectadores incentivando os atletas das varandas de seus apartamentos, e conforme o horário avançava, cada vez mais era possivel sentir a torcida, dos voluntários, dos familiares dos corredores, e dos curiosos. A altimetria é predominantemente plana ou com inclinações brandas, mas havia algumas subidas mais fortes espalhadas pela prova, que eram compensadas por deliciosas descidas a seguir.

A chegada também foi no Parque Los Caobos, onde havia muita animação. A medalha é simples, mas de bom gosto, como as demais provas famosas da América Latina. Havia comida, hidratação e massagem na área reservada à dispersão dos participantes.

Os resultados já estavam disponíveis algumas horas depois do encerramento no site http://maraton.caf.com/. Vitórias venezuelanas em tempos altos (2h19 e 2h50); Adriano Bastos desistiu, enquanto Mary da Costa Oliveira foi 3ª, em 2:54:57. A segunda edição foi anunciada, mas em data a ser definida.

Quanto ao turismo na cidade, vale a pena dar uma pesquisada conforme os gostos de cada um, mas escapando um pouco do centro, há opções interessantes como o Parque Nacional El Avila, ou a Colonia Tovar (colônia alemã que se manteve isolada do resto do pais por mais de 100 anos).

 * Carlos Hideaki Fujinaga é assinante de São Paulo.

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