20 de setembro de 2024

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Notícias admin 4 de outubro de 2010 (0) (120)

Maratona de Buenos Aires, uma agradável surpresa

Muitas dúvidas rondavam não só a minha cabeça como a de muitos inscritos antes da prova, afinal soubemos da falta de hidratação na Meia de Buenos Aires (Nota da redação: a empresa organizadora da maratona não é a mesma da meia-maratona). E foi aí que começou a agradável surpresa. Como sou treinadora e iria para a prova levando um grupo de corredores (e também correr), enviei um email para a organização para me certificar se haveria hidratação adequada; logo no dia seguinte obtive uma resposta positiva e um folder com toda a descrição de abastecimento, o qual também estava disponível no kit.

Tudo que está descrito no folder foi disponibilizado na integra durante a prova. Vários pontos foram a meu ver a diferença entre esta e outras maratonas, para começar com a escolha do horário de largada às 7h30, perfeito para quem vai enfrentar uma distância que por si só é um fator de desgaste físico e mental; os postos de abastecimento intercalados a cada 2,5 km uma vez com água e outra com Gatorade até o final da prova em grande quantidade. Meu cinto com garrafinhas de hidratação acabou sendo um peso inútil a mais, mas levei caso a organização não cumprisse o que foi divulgado. Houve distribuição de laranjas e frutas secas no km 14 e no 25, assim como de carboidrato em gel no km 30.

Repetindo o que se vê em algumas maratonas na Europa e Estados Unidos, havia postos de esponja molhada a cada 5 km, mas com a temperatura baixa e um pouco de vento realmente não vi muita necessidade de utilizá-las. A temperatura ficou entre 12 graus na largada e 20 no final.

A largada foi no Parque Roca, em frente ao Autódromo, já quase na divisa de outro município, lugar um pouco distante do centro de Buenos Aires e que dificultou o acesso no dia e também para se pegar os kits nos dias anteriores. Uma atitude simpática dos organizadores foi anunciar o nome dos países presentes e tocar um trechinho do hino nacional de cada um.

A marcação do percurso foi excelente, de km em km e até de milha em milha. Podemos dividir o percurso da maratona em duas partes: a primeira, de 13,5 km com algumas subidas e descidas suaves, e o restante praticamente todo plano e muito turístico: Av. 9 de Julho (a do Obelisco) até quase o final, saindo em frente à Casa Rosada, depois no sentido do bairro Caminito, famoso pelas casinhas coloridas, bares de tango e o estádio La Bombonera (meia-maratona, e controle de chip), e de lá seguimos pelo cais, sendo saudados pelos apitos dos navios, o que foi bem bacana. Depois Puerto Madero, o aeroporto local (Aeroparque) e finalmente a chegada no Parque de Los Ninõs. Um verdadeiro city tour!

O percurso não repetiu nenhum lugar, saindo de um ponto e chegando em outro, o que tem suas vantagens para quem está na prova (o que ficou para trás não volta mais!), mas para os familiares e amigos fica um pouco difícil o deslocamento para acompanhar a passagem dos corredores.

Sem dúvida alguma, com base no que vimos lá este ano, recomendo essa prova aos brasileiros em 2008, pois com certeza foi uma agradável e organizada surpresa!

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