Quando o queniano Felix Kandie cruzou a linha de chegada no Estádio Panathinaikon para quebrar o recorde do percurso da Maratona de Atenas, a Autêntica, na Grécia, a organização tinha muitos motivos para comemorar o sucesso da 32ª edição, realizada ontem.

Mais do que a marca do queniano de 2:10:37, derrubando o tempo do italiano Stefano Baldini, campeão olímpico em Atenas-2004, o destaque foi o crescimento da prova, com cerca de 13 mil corredores nos 42 km e 35 mil em todo o evento, que inclui outras distâncias, como 5 km e 10 km.

A Maratona de Atenas faz muito do seu status pela denominação de “maratona original”, inspirada na lenda de Pheidippides, mas os organizadores também tem o objetivo de ampliar a infraestrutura da corrida para receber um maior número de inscritos ano após ano.

“É como se cada família na Grécia tenha um corredor agora, fazendo corridas de rua mais curtas ou uma maratona. É também muito encorajador recebermos mais estrangeiros do que nunca. Temos um aumento contínuo de 40% a cada ano e acreditamos que haverá 10 mil corredores estrangeiros dentro de dois ou três anos. Esse aumento foi acompanhado pelo interesse grego: nove anos atrás, tivemos 800 e este ano, mais de 8 mil do país”, afirmou Makis Asimakopoulos, coordenador da Maratona de Atenas.

Dentro da realidade das condições econômicas difíceis para muitos gregos, Kostas Panagopoulos, presidente da Segas, a Federação de Atletismo da Grécia, vê o sucesso da maratona como um símbolo de esperança em tempos complicados e que, pela análise dos especialistas econômicos, ainda irá levar alguns anos. “Temos uma equipe muito boa de profissionais trabalhando na maratona. Apesar da crise, acreditamos que a maratona pode mesmo se tornar um exemplo para o renascimento da Grécia.”

Mais informações no site oficial da Maratona de Atenas, o www.athensauthenticmarathon.gr.