Hoje completa um dos fatos mais trágicos do esporte mundial e, com certeza, do futebol brasileiro, o acidente que vitimou quase toda a equipe da Chapecoense e de 20 profissionais da imprensa nas vésperas da decisão da Copa Sul-Americana, em Medellín, na Colômbia. Mas o que isso tem relação, também, com a corrida de rua? Tudo.
Nesses 30 dias verificamos como os colombianos se envolveram com a tragédia brasileira e apoiaram a todos os envolvidos. Assim, especificamente com o atletismo e a corrida de rua, no dia 10 de setembro teremos a 23ª edição da Maratona das Flores, em Medellín, uma prova supertradicional e está de braços abertos para receber os brasileiros em uma grande festa, ainda mais pela proximidade que ficou entre a cidade, o povo colombiano e, por que não dizer, os nossos corredores.
Na edição de janeiro da Contra-Relógio (que está à venda na expo da São Silvestre e chegará aos assinantes e às bancas/livrarias nos próximos dias) temos uma matéria especial sobre a prova, com todos os detalhes e informações. Quer um atrativo a mais? Será feriado prolongado no Brasil (dia 7 de setembro cai na quinta-feira).
Dessa forma, para darmos uma “palhinha” sobre a maratona e a Colômbia, conversamos com o professor Diego Lopez, treinador/Sócio da Trilopez Assessoria Esportiva (www.trilopez.com.br) que tem sangue colombiano nas veias e conhece muito bem tanto a prova quanto essa relação de paixão do povo da Colômbia com o Brasil.
“A Maratona das Flores de Medellín, uma das maiores e mais tradicionais provas da América do Sul, é sempre realizada no segundo domingo de setembro (em 2017, será no dia 10, sendo a 23º edição). Ela é caracterizada por uma pequena variação altimétrica e baixa altitude, ficando a cidade por volta de 1.500m acima do nível do mar Porém, tem como principal dificuldade, o calor”, explica Diego. “Os principais pontos positivos da prova são hidratação; medalha; metro grátis aos corredores no domingo; retirada de kits no famoso Estádio Atanásio Girardot e a receptividade do público. Fica o ponto negativo da prova, o trânsito semiaberto em alguns pontos durante o percurso (o que a organização promete corrigir para 2017)”, completa Diego.
A prova é reconhecida pelas IAAF e AIMS nas distâncias de 42 km e 21 km, ainda tendo as distâncias de 10 km e 5 km. “A cidade de Medellín tem como principais atrativos as montanhas que a cercam, ficando dentro de um vale; as esculturas de Fernando Botero, nascido na cidade; o pequeno vilarejo dos ‘Paisas’ no ‘Cerro Nutibara’; o “metrocable” (teleférico) e a gastronomia, tendo como prato típico a ‘Bandeja Paisa’ (mistura de arroz branco, carne moída, torresmo, feijão, ovo frito, abacate, banana, entre outras coisas) e o famoso café”, explica Diego.
De acordo com o treinador, para quem conheceu Medellín dos anos 1980 e 90, que vivia sobre a sombra do “patron Escobar”, famoso traficante Pablo Escobar, e a vê hoje, se surpreende com sua transformação positiva.
Além disso, Diego fala dessa relação de amor com os brasileiros. “A paixão colombiana pelo Brasil através do esporte teve uma grande impulsão pela seleção brasileira de futebol tricampeã do mundo em 1970. Como a Colômbia não participou daquele mundial, a nação vestiu a camisa brasileira e torceu muito para aquela mágica seleção que consagrou muito o futebol brasileiro perante o povo colombiano da época”, explica o treinador, que fala também sobre como a corrida de rua vem crescendo.
“O mercado de corrida de rua vem ocupando seu espaço dentro da Colômbia. Por mais que ainda em alto rendimento, a corrida ainda não se compara ao ciclismo colombiano, mas a quantidade de praticantes vem aumentando muito dentro do país, potencializando o consumo e aparecendo mais provas em diferentes cidades. Venha para Colômbia você também”, convida o treinador.
Gosto da possibilidade? Então, leia a matéria especial da Contra-Relógio de janeiro, pois há muitas informações, novidades e dados exclusivos. O site oficial da prova é o www.maratonmedellin.com e as inscrições estão abertas.