20 de setembro de 2024

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Notícias admin 10 de março de 2015 (0) (115)

Majors fecham o cerco para segurança dos participantes

Depois do ocorrido na última Maratona de Boston, em que foram explodidas duas bombas na linha de chegada, deixando 3 mortos e mais de 180 feridos, os organizadores das Majors, e várias outras maratonas espalhadas pelo mundo, passaram a tomar várias medidas de segurança em relação ao evento como um todo e a abrir o olho para um ponto crucial: a entrega de kits para terceiros.
A Maratona de Berlim, que aconteceu neste final de setembro, foi a primeira a se manifestar em relação ao assunto, implantando regras rígidas não apenas na retirada do kit de corrida, mas também no seu destino após a retirada. Pelas regras da edição 2013, ficou proibido que terceiros retirem os kits de corrida para corredores devidamente inscritos, mesmo mediante apresentação de autorização.
Além disso, a organização implementou um novo sistema de entrega de número de peito e chip, em que o corredor recebe na Expo uma pulseira, que é colocada no pulso e não pode ser retirada. Para entrar na área de largada, é preciso estar com essa pulseira. Segundo os organizadores, essa medida foi tomada "para evitar que se faça mau uso dos números de peito".
Sendo assim, além de cada participante passar a ter a obrigatoriedade de pegar pessoalmente seu kit, o novo processo não permite que corredores repassem ou vendam seus números para outros. Com isso, aumenta-se a segurança não somente porque apenas corredores devidamente inscritos poderão acessar as áreas de largada, mas também porque ajuda a evitar outros problemas, como equívocos na classificação por faixa etária, índices para Boston conseguidos por pessoas que de fato não correram os 42 km e por aí vai. Também permite identificar corretamente as pessoas na prova, em caso de emergências médicas, pelas informações no cadastro de cada participante ou atrás do número de peito.

MUDANÇA EM CHICAGO. Outra grande prova que providenciou mudanças foi a Maratona de Chicago, que acontece no dia 13 deste mês e será a primeira Major realizada nos Estados Unidos depois do ocorrido em Boston, em abril. Os organizadores, juntamente com o departamento da polícia da cidade, já anunciaram que estão tomando todos os cuidados possíveis para a segurança dos participantes, espectadores e os envolvidos de alguma forma no evento, tanto no dia da prova quanto nos dias da feira.
Da mesma forma que em Berlim, não será mais permitido em hipótese nenhuma que o kit seja retirado por terceiros. Além disso, somente será aceita no guarda-volumes a sacola plástica transparente recebida junto com o kit. E mais: para entrar no Grant Park, área da largada, haverá quatro pontos de segurança e checagem para rastreamento da sacola (bagagem). O número de peito de cada um será rastreado e servirá como um identificador pessoal.
Nova York (dia 3 de novembro) era a única Major dentro dos Estados Unidos que já não permitia a entrega de kit para terceiros, mas devido aos recentes acontecimentos, provavelmente mais algumas medidas de segurança deverão ser anunciadas brevemente.
A Meia-Maratona de Buenos Aires também adotou este ano (veja cobertura nesta edição) medidas rígidas em relação à entrega de kit, não permitindo mais que o mesmo seja entrega para terceiros. Além disso, agora é necessário preencher um documento à parte (disponível no site) e entregar na retirada do kit junto com um atestado médico – o que já acontece em várias provas na Europa, como Paris, provando que está apto a exercer o esforço exigido por uma maratona. Todas essas regras serão colocadas em prática também na maratona portenha, que acontece dia 13 deste mês.

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