Como aparece em outro post aqui no site, o RANKING BRASILEIRO DE MARATONISTAS foi novamente atualizado, agora com os resultados de mais três provas com percurso aferido por medidor credenciado pela CBAt, daí serem válidas para as listagens com os melhores maratonistas por faixa etária em 2022.
As maratonas consideradas desta vez são bem diferentes. A SP City (foto de abertura de Tião Moreira), organizada pela Iguana Sports, é uma das mais importantes do país, sendo a terceira em número de concluintes este ano, por enquanto. Nesta quarta edição, os percursos permaneceram, assim como a estrutura da prova. A maratona e a meia têm largadas em ondas, a partir das 6 horas, em frente ao estádio do Pacaembu, enquanto a chegada é dentro do Jockey Club, na capital paulista.
A primeira metade dos 42 km apresenta algumas subidas, enquanto a segunda é praticamente toda plana. Os maratonistas correm com os da meia, que são o dobro de inscritos, mas passado o km 20,5 a situação muda radicalmente, havendo certo silêncio e até um pouco de desânimo, pela perda da companhia (barulhenta…) daqueles outros.
A CR sugere que aconteçam duas largadas para a meia-maratona, que dividiriam seus participantes praticamente por igual (segundo enquete feita no site da CR), com a segunda no km 21,1, a partir das 8 horas. Isto animaria os maratonistas, que muito provavelmente seriam em maior número em 2023. A Iguana ficou de avaliar essa mudança.
Apesar do clima absolutamente favorável neste ano, com temperatura baixa, o índice de ingresso no RANKING foi fraco, na medida em que apenas metade conseguiu se ranquear, mesmo com os novos tempos-limite, ampliados em 15 minutos.
Já a Fibra Fisio Marathon, também no último domingo de julho, em Brusque, se destacou pelo elevado número de ranqueados (83,4%), superando com folga o verificado na “rápida” Porto Alegre e na de Uberlândia (com muitos corredores bem treinados). Também essa prova catarinense parece ter contado com pessoal competitivo, o que levou a excelentes resultados, ajudados pelo clima ameno/frio e pelo percurso plano.
A vitória em Brusque foi de Alessandro de Souza, em 2:28:17, enquanto no feminino venceu Diandra Costa, em 3:13:09. O último colocado no masculino fechou os 42 km em 4h28! No total foram apenas 103 competidores nos 42 km, mas o evento todo (também corridas de 5, 10 e 21 km) reuniu 925 participantes.
O evento catarinense não fez uma divulgação nacional, mas tem grande potencial, podendo se transformar em uma nova versão da Maratona de Blumenau, de tanto sucesso nos anos 90, mesmo com suas falhas, como inexistência de banheiros na largada (em Itajaí), percurso não aferido algumas vezes e falta de água no percurso.
Igualmente teve sua segunda edição a Maratona de João Pessoa (como a de Brusque, a primeira foi em 2021), no dia 8 de agosto, em um percurso quase todo plano, ao lado do mar. Da mesma forma que a maioria das maratonas brasileiras, aconteceram também corridas de menor distância, que congregam a maior parte dos inscritos. Foram 401 concluintes nos 42 km (396 no ano passado), 692 nos 21 km, 762 nos 10 km e 1.043 nos 5 km.
A temperatura é a corriqueira para as cidades litorâneas do nordeste (22 a 28 graus), o que aliado à alta umidade não permite mesmo boas marcas, ainda mais em maratonas. Para compensar, as largadas começaram às 5 horas. Apesar dessa realidade, foi excelente o resultado alcançado pelo campeão na capital paraibana, Justino Pedro da Silva (2:19:27), seguido de Edson Amaro Arruda, repetindo a dobradinha vitoriosa no Rio, em junho. Também muito bom o tempo da campeã Lucicleide Gabriel de Assis (3:03:57).
A prova, ainda pouco conhecida pelos corredores brasileiros, acabou tendo uma participação restrita ao pessoal regional, com praticamente o mesmo número de participantes de 2021. Como as distâncias foram aferidas, segundo informações que recebemos, a Maratona de João Pessoa deverá ser válida para o RANKING.
Os resultados considerados para o Ranking foram fornecidos pelas empresas Chronomax (SP City), TRCrono (João Pessoa) e ChipTiming (Fibra Fisio).