Notícias admin 10 de novembro de 2014 (0) (164)

K21 Curitiba

A etapa de Curitiba abriu a série K21 Brasil no dia 3 de março, já sendo considerada uma das provas mais difíceis, devido à elevada altimetria e ao calor no dia. O evento contou com a presença de corredores de nove Estados, sendo disputado no interior do Parque Ecológico Ouro Fino, onde há a fonte de água mineral da empresa de mesmo nome. Os atletas percorreram montanhas da Serra da Endoença, localizada na região metropolitana da capital paranaense.
A região, pouco explorada turisticamente, surpreendeu os inscritos. No local, há toda uma infraestrutura, com parquinho, churrasqueiras, fontes, área para caminhada, restaurante e piscinas de água mineral, geladas, perfeitas para o banho pós-prova. Na corrida foi constante a troca de piso, passando por estradas de terra, trilhas, cascalhos, erosão, vegetação rasteira e um trecho de 200 m dentro de córrego de águas geladas na altura dos joelhos. Foram três subidas mais intensas, duas de tirar o fôlego. A primeira, no Morro da Palha, chegando a 1.050 m de altura e podendo observar Curitiba ao fundo – o local é usado para saltos de parapente. Na segunda, a "trilha do Guardião", dentro de mata fechada, bem íngreme, obrigou todos, até a elite, a caminhar. Entre elas, descidas totalmente íngremes.
O vencedor do K21 foi José Virgínio de Morais, de São Paulo, com o tempo de 1h55, o que comprova as dificuldades do percurso, que na verdade teve 22 km. O segundo colocado foi Giliard Altair Pinheiro, de Bombinhas-SC, e, em terceiro, Wilian dos Santos Fernandes, de Campo Largo-PR. Os três, inclusive, foram os únicos a serem sub 2h. No feminino, vitória de Vivian Baggio, de Curitiba, com 2h34, seguida por Daniela Silvares e Vanuza Regina Maciel. No total, foram 186 concluintes no K21, 46 duplas no revezamento e 37 na prova de 5 km. Resultados completos em http://bombinhasrunners.com.br/k21curitiba/resultados/.

FALTA DE ÁGUA – Durante o percurso, houve um problema de hidratação, apesar de estar dentro de um parque com fontes de água mineral. Isso porque na segunda metade, mais quente e difícil, os postos de hidratação ficaram muito distantes entre si, o que acabou afetando os corredores que completaram em 3 horas ou mais – a largada foi às 9 horas devido ao deslocamento até a área, o que potencializou o dia de muito calor e céu azul no Paraná.
"No geral, a prova foi bem organizada, o local é espetacular, o trajeto muito difícil, porém justo para uma prova deste tipo. Apenas uma ressalva quanto à hidratação, que deixou a desejar: pouca e mal distribuída. Não existia no final de trechos difíceis, por exemplo, no km 18, no topo da pior subida", disse o assinante da Contra-Relógio Joelson de Lima, de Curitiba.
Márcio Kalach viajou de Sorocaba, no interior de São Paulo, a Curitiba para participar do K21. "Foi uma meia-maratona de montanha completamente desafiadora. Muito legal entrar na mata fechada, correr por entre as árvores, com uma sombra maravilhosa, mas ao mesmo tempo me assustando em relação ao horário da largada, que foi às 9 horas. Sabia que iríamos enfrentar um sol forte quando saíssemos daquela mata fechada", afirmou. "Numa das partes, encontrei uma garota do staff, que sinalizou dizendo: ‘Corra por dentro do rio por 200 metros…'. Se não tivesse esse rio, eu teria sofrido muito mais na montanha que enfrentamos em seguida com calor intenso. Valeu muito a pena dirigir por 5 horas na estrada de Sorocaba até Curitiba. Imagine viajar tanto e não ter essa dificuldade, esse desafio que tanto buscamos."
Marcos Tavares, diretor técnico da MTS Performance, assessoria de Curitiba, disse que a prova foi de nível técnico bem elevado. "Conversando com atletas de fora, todos ficaram surpresos com a dificuldade. Para nós, que conhecíamos a região, mas não todo o percurso, também foi de certa forma uma novidade. O local de largada e chegada tem uma boa infraestrutura, com totais condições de ser utilizada em futuras provas. Acredito somente que a largada mais cedo seria uma boa alteração para o próximo ano", disse o treinador, mais conhecido como Tomate. "Foi realmente uma corrida de alto nível técnico, trechos difíceis, percurso bem pesado, mas compensador pela natureza e organização do evento", completou Islene Pires, que participou do revezamento em duplas.

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