André Savazoni
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O que os corredores precisam em uma boa maratona? Hidratação correta, principalmente a partir da segunda metade de prova – principalmente do km 35 para frente – e largada cedo.
Se o percurso tem subida, é difícil, não importa. Vale a opção de cada um. De como quer se desafiar.
No Brasil, com dimensões continentais, o horário da largada até pode variar de região para região. Não dá para criar uma regra básica, mas 7 horas seria uma média perfeita para a elite masculina e o geral – com a elite feminina às 6h30. Assim, quem corre acima de 4 horas (a maioria), estaria finalizando por volta das 11 horas e, os de 5 horas, ao redor de meio dia.
Como defendo que o limite máximo de conclusão de uma maratona deveria ser de 5h30, fecharia a chegada às 12h30. Ritmo de 7:49 por km. Mais do que isso, é melhor se preparar mais antes de partir para os 42 km.
Água gelada, então, teria de ser garantida até essas cinco horas e meia de corrida, assim como dois ou três postos de isotônico. Particularmente, só bebo água na maratona, mas sei dos benefícios do isotônico. Para mim, faz mal durante a prova, mas sou uma exceção.
Os postos de água precisam ser mais próximos a partir da segunda meia e, de preferência, de dois em dois quilômetros na reta final, por exemplo, no 35, 37, 39 e 41.
Agora, a pontualidade britânica e a organização têm de ser perfeitas. Os erros de São Paulo no dia 19 de junho não podem ser repetidos. Muito menos copiados ou ignorados. A largada feminina seria às 7h50. A masculina e a geral, às 8h25. Isso está no regulamento. Ambas atrasaram. Desrespeito com os corredores.
Com quem conversei, ouvi que havia água gelada e isotônico a vontade. Correto. É a função de uma boa organização. Agora, a Yescom, organizadora da Maratona de São Paulo, informou que haveria dois pontos de distribuição de GEL. No km 25,5 e no km 35. G-E-L (veja na imagem acima). Não houve. Até acho que o gel de carboidrato é algo pessoal. Há variações de sabores e marcas. Na maratona, não é um momento para experimentar algo que não está acostumado. Prefiro levar o meu. Agora, se está no regulamento (como gostam de dizer os organizadores), foi previsto, tem de ser cumprido. Sem discussão sobre isso. Há quem não tenha levado gel e contava com o da organização. Isso não pode ocorrer de maneira alguma. Ainda mais entregarem whey protein para ser preparado durante a corrida. Algo surreal.
O número de participantes nas maratonas brasileiras é muito, mas muito abaixo do mínimo esperado. Talvez, com essas medidas simples, hidratação correta e largada cedo (e no horário), começaremos a ter um crescimento tanto no total de inscritos quanto nos concluintes, o que não vem ocorrendo nos últimos anos.
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Concordo em tudo o que foi dito… Temos que fazer um movimento de boicote as provas que nos desrespeitam por qualquer motivo… Vamos boicotar… http://treinoscorridas.blogspot.com/
É isso mesmo, Guilherme. Não adianta ficarmos só com discussões em redes sociais, por exemplo. Nossa forma de protestar é simples: não se inscrever. Mesmo que isso custe viajar um pouco mais, vale a pena procurar as provas que pensem nos atletas. Abraço.
Olha, acho que algumas regrinhas de ouro devem ser respeitadas em qualquer prova e fim. Água gelada? Sempre. O mesmo valendo para os isotônicos. Na Corrida da Ponte, em Abril, no Rio, vi algo surreal: no posto de isotônico quando passei, os caras tiravam os frascos de dentro das caixas de papelão. O isotônico estava morno. Sem comentário. Na São Silvestre do ano passado, quando passei pelo posto de isotônico, ele já estava desativado. E sequer havia água no local. O mesmo aconteceu na Volta da Pampulha em 2010: posto de isotônico desativado, sem água no local e ainda tive o desprazer de ouvir o rapaz que entregava o isotônico na chegada que não poderia me dar dois copinhos so mesmo. Não perdi tempo e disse a ele “esse segundo vale pelo que vocês não me deram lá no meio da corrida”… Fala sério, né? Portanto, vale o escrito: pagamos do lado de cá e eles entregam o que prometeram do lado de lá. Simples, bem simples assim.
Como assim? Entregaram um saquinho de Whey Protein no lugar do gel?!?! E ai? misturava na hora? Yescom inovando novamente!
Muito boa a matéria, mas o ideal é que na prova aonde se distribui GATORADE que o liquido não fosse distribuido em copinhos abertos, deveria ser distribuido em garrafas pequenas ou copos fechados, na S.Silvestre de 2010 foi servido Gatorade em sacos de Sacolés, ontem participei da Golden Four Asics aqui no Rio de Janeiro e os postos de Gatorade foram servidos em copos abertos, muitos corredores tiveram que parar para beber o Gatorade, inadmissível isso pois ainda mais que o corredor está numa velocidade e tem que parar rápido…
Seria bom que algumas Organizadoras de provas nos respeitassem no tocante a largada das corridas sem atrasos.
Bons treinos,
Jorge Cerqueira
http://www.jmaratona.com
André,
No caso da Maratona de SP, enquanto a Globo deter as rédeas do evento, quem dela for participar terá sempre de ficar sujeito ao que o plim-plim impõe quanto aos horários.
Vale lembrar que nesta última maratona de SP o próprio locutor da prova informou pouco antes do horário previsto da largada que “haveria um ligeiro atraso de uns 7 minutinhos por causa da televisão…”. Blá, blá, blá. Isso nem me surpreende mais.
Largar às 7 acho interessante, mas não obrigatório. É mais ou menos como você destacou com relação ao percurso, onde cabe a quem for participar decidir se está a fim de encarar uma prova com subidas e descidas, com percurso fácil ou difícil, ou ainda com largada às 7 ou às 9. Isto mesmo num país tropical como o nosso.
Não gostou, não vai. Gasta o dinheiro da inscrição em cerveja, já que não vai correr mesmo.
É uma opção, não uma obrigação.
Entendo que se a pessoa decidiu participar de uma maratona com antecedência, com certeza teve tempo suficiente para se preparar adequadamente, salvo imprevistos.
E estando bem preparada, o horário de lardada não deveria causar grandes problemas pois já era sabido.
Quanto ao crescimento no número de participantes nas maratonas eu chego a pensar que é um problema cultural, pois vejo que poucas pessoas dimensionam realmente o que é correr uma maratona, e menos ainda o que é a preparação para ela. Sem contar que poucos se dispõem a dedicar o tempo necessário para tal empreitada. Acho que neste ponto os europeus e norte-americanos se empenham mais.
Daí que chega a ser patético ouvir na transmissão do evendo o locutor da emissora encher os pulmões para dizer que são 20 mil inscritos…blá, blá, blá. Sem mencionar que apenas uns 4 mil irão para os 42Km. Isso é a desinformação gratuita.
Assim não surpreende quando alguém que não pratica corrida não sabe a diferença entre uma maratona e a corrida de São Silvestre, conforme você até já mencionou em um post passado.
Pra finalizar, gel e isotônico, só os meus. Da prova, também só consumo a água.
Desculpem que meu comentário ficou longo, mas é que este assunto gera tantos argumentos que já viu né…
Saudações.
Parabéns André pelo POST!
Eu comentei tudo isso após ser APOIO de amigos que ainda continuam se inscrevendo para essas ABERRAÇõES que vendem. EU não me inscrevo e não PARTICIPO nem de GRAÇA enaquanto esses ABSURDOS continuarem acontecendo.
Meu post http://toticolucci.blogspot.com/2011/06/sao-paulo-precisa-de-uma-maratona.html exatamente sobre isso foi muito comentado e só por falar a verdade de algo que presenciei fui CRITICADO por alguns defensores dos Organizadores, nesse caso, não caberia DEFESA.
Parabéns pelo post!
Abraço
Colucci
@antoniocolucci
Sim, Katja, por mais incrível que isso pareça, foi verdade!
Colucci, não dá mesmo para ficar quieto com uma situação dessas. É claro que falhas existem em todas as provas, o importante é que sejam corrigidas a cada edição. Assim, nossa forma de protesto, realmente, é a inscrição. Correr as provas que merecem ser corridas. Abraço.
Manoel, quanto os horários de prova, você tem toda razão. Salvo algumas corridas que sofrem mudanças durante o prazo de inscrições, ao garantir presença, concordamos com as regras. Se estava previso para largar 8h30, não adianta reclamar depois de se inscrever. Se não concorda, não corra. E é isso mesmo: escolheu participar de uma maratona, treine, tenha tempo de preparação. Abraço
Jorge, tenho esse problema para tomar, até mesmo a água, nos copinhos. Na água, ainda há o plástico e dá para fazer um furo menor. Mas o isotônico no copo, dificulta mesmo. Acredito que uma garrafinha pequena seria o ideal, porque o bocal já facilitaria. E, o que menos queremos nas provas, é perder tempo na hora da hidratação ou ter de parar para beber! Abraço
Claudia, isotônico quente é melhor nem distribuírem! Esse é um ponto que os organizadores pecam e muito no Brasil. Todas as provas têm um tempo limite de conclusão. Até acho que, na maioria, é longo demais. Deveria ser mais restrito. Agora, se estão previstas 6 horas para conclusão de uma maratona, tem de haver água gelada e isotônico gelado até as 6 horas. Sem desculpas. Vale o menos para 21 km, 10 km… o que está dentro do regulamento. Abraço
É fácil argumentar que “se está no regulamento, não adianta reclamar do horário e do percurso”. Os organizadores são os primeiros a não cumprir o escrito, atrasando a largada para esperar o final do jogo de vôlei, mudando o percurso e distribuindo farinha no lugar de gel. Do couro sai a correia e acredito que seria o caso dos Procons se interessarem por esta relação de consumo.
A grande questão, André, é se existe mercado para termos duas maratonas em um lugar como São Paulo, por exemplo, que a proposta do Collucci. Como moro no interior de SC, não sei dizer. O que posso afirmar é que já existem hoje opções suficientes para que eu não tenha que me expor em provas como esta de SP.
Luis Fernando, concordo que os organizadores, muitas vezes, não cumprem o escrito. Agora, você definiu o ponto principal, a meu ver: temos o poder de escolher onde e quando correr. Mesmo para os apaixonados por maratonas, como nós, estão surgindo mais opções. Só para citar duas novidades, teremos Londrina e Florianópolis, neste segundo semestre. É isso que devemos fazer. Optar. Sinceramente, não acho que é o caso de termos outra maratona em São Paulo, mas essa é uma boa discussão. Abraço.
André, concordo plenamente, e também não vi nenhum gel distribuido pela organização, somente o meu de uso pessoal. Abraços.