Sem categoria admin 7 de novembro de 2010 (5) (119)

Gebremarian e Kiplagat vencem em Nova York. Marilson chega em 7º e Haile se aposenta.

Quando o etíope Gebre Gebremarian terminou na segunda colocação a Meia-Maratona da Filadélfia (em setembro) com 1:00:25, deve ter pensado que sua preparação para a Maratona de Nova York estava no caminho certo. E estava mesmo. Ao vencer a Maratona de Nova York, neste domingo, em sua estréia nos 42 km, derrotou um pelotão recheado de campeões, que incluía o vencedor do ano passado, o americano Meb Keflezighi, Marilson Gomes (bi de NY), e simplesmente Haile Gebrselassie, recordista mundial da distância (2:03:59 – Berlim 2008).

A corrida. O ritmo da prova esteve sempre bem lento (3:15 min/km em média) e o pelotão permaneceu consistente até o km 30, quando a quantidade de atletas que ficavam na liderança foi diminuindo até sobrar apenas quatro: Gebre Gebremarian, James Kwambai (Quênia), Emmanuel Mutai (Quênia) e Abderrahime Bouramdane (Marrocos). Marilson até que tentou permanecer com os outros atletas na frente, mas não teve pernas. Abderrahime e Kwambai foram deixados para trás, enquanto Gebre e Mutai corriam lado a lado. No km 38, o etíope acelerou e percebeu que Mutai não conseguia responder e foi tranquilo até a chegada, completando a prova com 2:08:14. Emmanuel Mutai chegou na segunda colocação, seguido de Moses Kipkosgei. Marilson terminou na 7ª  colocação, com  2:11:51.

Pendurando os tênis. A surpresa mesmo ficou com a desistência de Haile Gebrselassie logo após o km 25 – ele já havia informado que estava com dores no joelho antes da largada. Após o final da prova, o etíope informou em entrevista coletiva que estava pendurando os tênis como atleta profissional: “Eu nunca pensei em me aposentar, mas essa é a primeira vez e esse é o dia”, afirmou visivelmente abalado. Apesar da desistência, Haile garantiu seu prêmio de participação em Nova York, recebendo 400 mil dólares!

As mulheres: Assim como os homens, a corrida feminina foi muito lenta (3:45 min/km!), com um pelotão enorme na frente e só por volta do km 36 é que a disputa passou a ser definida, quando três competidoras se distanciaram: Mary Keitany (Etiópia), Shalane Flanagam (EUA) e Edna Kiplagat (Quênia). Dessas três, somente Kiplagat não era estreante e no final deu a lógica, com a queniana vencendo com 2:28:20, seguida de Shalane Flanagan que havia caído para a terceira posição, mas conseguiu ultrapassar Keitany pouco antes do final.

Bola fora. O que aconteceu de mais incrível na transmissão da Sportv foi que quando faltava quase um quilômetro para a  chegada da campeã feminina, cortaram para o Mundial de natação de piscina curta e nínguém viu Edna Kiplagat cortar a fita. É a mesma coisa de mandar um jogo de futebol para os comerciais na hora de alguém bater um pênalti. Lamentável.

Veja na edição de dezembro da CR a cobertura da Maratona de Nova York com o resultados completos dos brasileiros.

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5 Comments on “Gebremarian e Kiplagat vencem em Nova York. Marilson chega em 7º e Haile se aposenta.

  1. Realmente um absurdo o q a sportv fez…cortar a chegada da corrida feminina faltando 1 km pra mostrar uma prova de natação q o competidor brasileiro não tinha a menor chance. Também esperar o q de uma turma q não estava prestando atenção na transmissão estavam. A hora q a emissora oficial voltou as imagens pra mostrar o abandono do Haile, o comentarista “nesse momento as imagens mostram o pelotão aumentando o ritmo” é brincadeira essa sportv. q vergonha!!!!!

  2. E o pior foi ouvir a entrevista no final da corrida com o nosso Marílson. Dentre outras perguntas horríveis, a repórter estava mais interessada em saber se o Marílson sabia o que aconteceu com o Haile, que abandonou a prova. Foi lamentável a transmissão e viva nos heróis corredores brasileiros.

  3. No comentário anterior, na última frase, quero dizer viva “nossos” heróis corredores brasileiros.

  4. É, com todo respeito à natação, esporte que eu também curto muito, não dava para eles fazerem isso!!! Como o pessoal exemplificou, é como cortar uma final de Eurocopa League na disputa por pênaltis para mostrar a performance de algum atleta brasileiro em uma etapa de campeonato de atletismo. Oras, custa gravar e botar em VT??????? Aí vale o bom senso e a mensuração da importância do evento, pô!!!

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