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Fundação Cásper Líbero adota o silêncio sobre a São Silvestre

A São Silvestre mudou. A prova terá chegada no Obelisco do Parque do Ibirapuera, a partir da edição deste ano. Conforme previsto no regulamento e no site da prova, qualquer questionamento sobre essa alteração deve ser enviado para o e-mail novopercurso@saosilvestre.com.br. Outras indagações, deveriam ser encaminhadas para a Yescom. Foi o que fiz. Dividi os questionamentos entre a Yescom e a Fundação Cásper Líbero, responsável pela prova.

Por mais que a Yescom seja criticada, houve respostas. Podem não ter sido as melhores do mundo, mas não se omitiram. Agora, há mais de duas semanas, aguardo um posicionamento da Cásper Líbero. Cobrei. Não disseram nada. Preferiram o silêncio. Nâo sou intransigente. Aguardei um bom tempo. Resolvi então publicar as simples perguntas que enviei. Assim, vocês podem analisá-las. Seguem abaixo (caso algum dia eu receba as respostas, estarão no blog no mesmo momento).

1) Quais os motivos que levaram a organização a alterar o ponto de chegada da São Silvestre, da Avenida Paulista para o Obelisco? Quais fatores foram analisados?

2) Na opinião da Fundação Cásper Líbero, tirar a chegada da Paulista afeta o brilho da prova? E de frente do prédio da fundação também? Por quê?

3) Um dos pontos comentados por muitos corredores é que hoje a São Silvestre é excelente para quem é da elite e para quem vai só para festejar. Os amadores competitivos, que gostam de buscar tempo, têm de ficar horas em pé. Por que não adotar a largada por ondas e por ritmo, como ocorre em provas do tamanho da São Silvestre no exterior, deixando um espaço no final para quem quer correr de fantasia, faixas? Assim, não seriam todos beneficiados?

Sigo buscando um posicionamento dos organizadores, mas volto a afirmar: para mim, a tradição da São Silvestre foi deixada de lado quando a prova saiu do horário noturno. Após isso, qualquer mudança, desde que seja positiva, para melhorar o evento, tem o meu apoio. Mas deve ser uma mudança para melhor, sempre. Essa resposta, teremos só no dia 31 de dezembro.

Não moro em São Paulo. Profissionalmente, estive por bons anos da minha vida na capital paulista (há um ano e meio voltei), mas já vivi e trabalhei fora também. Corro em diversos estados e cidades. Talvez, por isso, não tenho essa relação com a Avenida Paulista (apesar de ter estudado quatro anos na Cásper Líbero!). Respeito todas as opiniões, porém, por esses motivos que citei, muitas vezes, acredito que qualquer movimento não pode ser “paulistano demais”. A São Silvestre é uma prova nacional, uma corrida do Brasil. Do gaúcho, do nordestino, do mineiro, dos corredores da região Norte, dos catarinenses… É uma prova do Brasil.

Sinceramente, acho ótimo quando uma prova começa num ponto e termina no outro. Há a questão do deslocamento? Estou sempre em deslocamento, já que não moro em São Paulo!

Haverá descida no final na nova São Silvestre? Tudo bem. É só saber controlar o ritmo. A Maratona de Boston tem descidas, a Asics Golden Four Brasília terá várias descidas, inúmeras outras corridas têm descidas… é só saber corrê-las.

Confesso, sou um apaixonado pela São Silvestre. Quando comecei a correr, foi sempre a primeira prova que veio na minha cabeça. Mas, como “corredor chato” sei que ela está muito longe do ideal e que a largada precisa ser melhorada (e muito). Os questionamentos que fiz cobram isso. Por que não acertar a largada? É simples demais, basta ter um pouquinho de boa vontade e respeito com os corredores.