Há três anos, uma imagem percorreu o mundo na final olímpica do salto com vara, em Pequim, na China: da brasileira Fabiana Murer andando de um lado para o outro, reclamando com a organização, chorando de nervosismo com o sumiço de duas varas – que dias depois foram localizadas junto com o equipamento das desclassificadas. Um fato inédito. Desestabilizada, não conseguiu saltar. Nesta quarta-feira, novamente, o choro de Fabiana. De alegria, de consagração do trabalho: campeão mundial com 4,85m, igualando o recorde sul-americano.
Detalhe: primeira atleta do Brasil campeã mundial no atletismo (tanto masculino quanto feminino). O país tinha até agora cinco medalhas de prata e cinco de bronze. Fabiana que, no ano passado, já havia conquistado o ouro no Mundial Indoor em Doha, no Catar. A cerimônia de premiação será nesta quinta-feira, quando ouviremos o Hino Nacional do Brasil.
A imagem do dia, inclusive, foi a de Fabiana quebrando todo o protocolo e partindo para uma volta olímpica, com o bandeira brasileira, sendo “perseguida” por um sul-coreano da organização, enquanto o estádio inteiro festejava e aplaudia. Inclusive, Fabiana foi acompanhada pela alemã Martina Strutz (prata com 4,80 m) e pela russa Svetlana Feofanova (bronze com 4,75 m).
O resultado desta quarta-feira coloca Fabiana como uma das grandes da história do salto com vara. E coloca uma pressão que todo atleta quer: vai para a Olimpíada de Londres, daqui a menos de um ano, como a saltadora a ser batida. Parabéns, Fabiana.